Professores improvisam salas de aula com lonas, após fechamento de escola na Paraíba
De acordo com os profissionais, a situação deve-se à transferência dos alunos para escolas da Zona Urbana de Areia.
Alunos da escola Maria Emília Maracajá localizada na Zona Rural da cidade de Areia, no Brejo paraibano, estão passando por uma situação complicada. Após o fechamento da unidade de ensino, os estudantes estão assistindo as aulas de forma improvisada, nos fundos da unidade educacional, após seu fechamento.
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Barracos foram erguidos com o uso de lonas e, de acordo com os professores, a situação deve-se à transferência dos alunos para escolas da Zona Urbana da cidade. A mudança foi coordenada pela Secretaria de Educação do município.
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Segundo profissionais da escola, alguns estudantes chegam a se deslocar mais de 2km para assistir as aulas nas novas unidades. De acordo com a secretaria, um ônibus estudantil para transportar os alunos, foi oferecido, mas, pais das crianças não aceitaram e criaram suas próprias salas de ensino.
A secretária de educação de Areia, Sandra Araújo, declarou ao Portal T5 que a situação que a situação a cidade estava esquecida antes do atual governo, como muitas deficiências.
“Aqui, a educação e as outras áreas estavam muito carentes de gestão. Quando assumimos [em 2016], elegemos um grupo de escolas que não tinha qualidade e fechamos inicialmente seis. Teve escola que nós não fechamos, de fato. Por exemplo, em escolas que ficavam a um quilômetro uma da outra, colocamos carros levando o 1º ano de uma para outra, e trazendo o 2º ano também de uma para outra, para acabar com o multiseriado”, disse ela.
Sandra também informou que a escola em questão fica localizada próximo a um assentamento em uma região de muita violência no município, e está a dois quilômetros de distância de outra escola quilombola.
"50% dos alunos dessa escola são de creche, mas ela não
oferece essa estrutura. Então colocamos o transporte com um monitor
dentro para trazer as crianças para a Escola Quilombola Rural Nelson
Carneiro, para permitir que elas tivessem acesso a creche", explica a secretária.