Vazamento derrama 40 mil litros de substância ultra tóxica no Rio Gramame; Defesa Civil faz alerta
O Secretário de Defesa Civil do município afirmou que a Cagepa está tentando neutralizar o efeito da soda cáustica no rio.
Um vazamento ocorrido na estação de tratamento Gramame-Mamuaba, da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), derramou cerca de 40 mil litros de soda cáustica no Rio Gramame, que corta a Grande João Pessoa, no início da tarde desta sexta-feira (9).
A Defesa Civil de João Pessoa recebeu o comunicado da Cagepa a respeito do vazamento logo em seguida, e a informação é de que a empresa ainda tentou impedir o acidente a todo custo mas não conseguiu. Desse modo, foi feito o alerta para que pessoas evitem o contato com a água do rio até que seja feita uma análise completa, já que se trata de uma substância tóxica e bastante corrosiva.
“A gente está em contato direto aqui com a Cagepa. Já falamos inclusive com o pessoal do Conde para que eles alertem a região ribeirinha, porque é um limite de municípios – Conde e João Pessoa –, por isso é bom que eles façam o alerta para a população. Existem comunidades de pescadores em volta e crianças que se banham no rio, por exemplo, então é bom evitar mesmo o contato”, explicou o Secretário de Defesa Civil do município Noé Estrela ao Portal T5.
De acordo com ele, a quantidade de 40 mil litros pode ser considerada grande em função da toxidade da soda cáustica. Além disso, o Rio Gramame é caudaloso e dono de uma forte correnteza, o que pode levar as águas contaminadas para as margens, causando até acidentes.
No entanto, ainda segundo Noé, estão sendo tomadas as devidas providências para anular a substância. “A Cagepa está colocando outro produto para ir neutralizando a soda cáustica o máximo possível, e se ofereceu para fazer a análise da água a todo o instante, até neutralizar o efeito dela por completo e a gente poder liberar o acesso ao rio”, completou o secretário.
Posicionamento da Cagepa
Em nota, a empresa disse que um tanque cilíndrico que armazena a soda cáustica utilizada para tratar a água no local apresentou um vazamento por volta do meio dia, e que logo em seguida foi solicitado o apoio de técnicos para resolver o problema.
“A Cagepa explica que a quantidade do produto despejado no Rio Gramame não foi suficiente para causar danos ao meio ambiente”, disse a respeito dos 40 mil litros da substância que atingiram o rio.
"É importante destacar que a água distribuída pela Cagepa a partir da estação [...] não foi afetada com o vazamento do equipamento, descartando, assim, qualquer possibilidade de contaminação”, completou a nota, ressaltando que a companhia vai responsabilizar o fornecedor do tanque pelo incidente, comprado apenas há menos de 5 anos.
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