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Moradores da zona rural de Santa Rita se revoltam com fechamento de escolas públicas

Representantes alegaram que não justificaria investir na educação da comunidade, porque ela contribui com o desenvolvimento agrícola da região.

Por Redação T5 Publicado em
Escola santa rita
Uma dessas escolas fica no Sítio Aterro, distrito rural de Santa Rita. Uma dessas escolas fica no Sítio Aterro, distrito rural de Santa Rita.

Duas escolas públicas da zona rural de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, foram fechadas pelo poder público, o que deixou diversos moradores da região indignados com a situação.

Uma dessas escolas é de responsabilidade da Rede Municipal de Ensino w localizada no Sítio Aterro, onde estudavam 36 crianças. Joseane, por exemplo, é mãe de cinco filhos, e os dois mais novos que estudavam no local terão que ser transferidos para uma escola no distrito de Livramento, que fica a 8,5 quilômetros de distância.

“É uma calamidade. Eu não aceito de forma alguma, não vou botar umas crianças desse tamanho soltas dentro de um ônibus para serem deslocadas para outra comunidade que a gente desconhece. Não tem lógica isso. Eu e as mães das outras crianças queremos que a escola permaneça aberta”, relata a mãe.

A justificativa para o fechamento dos centros de ensino é uma só: falta de verba para mantê-los em funcionamento. Os responsáveis alegaram que na região existem três destilarias, criação de camarões e um aeroclube, o que acaba demandando o pagamento de muitos impostos, e não justificaria investir na educação de uma comunidade feito essa, que contribui bastante com o desenvolvimento agrícola.

Por conta do fechamento das escolas, a Prefeitura de Santa Rita agora tem o dever de disponibilizar um ônibus para o deslocamento das crianças. No entanto, as famílias não estão satisfeitas com a segurança do transporte, devido à pouca idade dos alunos.

“São crianças de 5 anos até no máximo 10 anos. Então essas crianças serão colocadas dentro de um ônibus escolar mas as mães não vão ficar confiantes de que elas estarão bem”, explica a presidente da associação de moradores local Luzia Dias.



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