Corpo de paraibana morta em vôo ainda aguarda retirada em Paris
Flávia Luzia da Silva, de 38 anos, passou mal em um vôo com destino a França e morreu no último dia 3 de dezembro.
Já se vão 44 dias
desde que a paraibana Flávia Luzia da Silva de 38 anos, natural de Itabaiana, no interior do estado, morreu em um vôo da Air France com destino a Paris, na França. O problema é que desde então, o
Instituto Médico Legal (IML) da capital francesa ainda aguarda
retirada do corpo dela.
Flávia faleceu no dia 3 de dezembro de 2017, ao passar mal no próprio avião. Sua família, no entanto, soube do ocorrido apenas no dia 22 de dezembro. Com isso, iniciaram o processo para trazer o corpo dela até à Paraíba e organizar um enterro digno.
O que dificultou toda a situação foi o custo estimado para retirada do corpo. De acordo com os advogados da família, o valor total incluindo a viagem e as taxas locais gira em torno de 4.500 euros, que representa quase R$ 18 mil na cotação atual.
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A família não tem condições de arcar com esse custo, e justamente por conta disso contratou advogados, que entraram com uma ação na justiça exigindo que a União pagasse todo o translado do corpo da paraibana.A Justiça Federal da Paraíba (JFPB), inclusive, acatou o pedido no último dia 1 de janeiro.
Porém, a União recorreu judicialmente e recentemente um desembargador do Tribunal Regional da 5ª região deferiu um efeito suspensivo para a decisão. Ele afirmou que os familiares de Flávia fossem intimados a respeito da possibilidade do custo da retirada de seu corpo ser coberto em parte pelo dinheiro que ela levava consigo na viagem – 800 euros –, e também por valores arrecadados por instituições de Paris.
O advogado Walter Dias afirmou que essa última decisão da justiça deixou todos que trabalham no processo confusos. “Uma hora o desembargador disse que era obrigação da União de proceder com o custo, e outra hora disse que era dos familiares. Então nós advogados entendemos por bem entrar com uma petição para que o desembargador esclareça melhor de quem é a obrigação”.
“Nesse momento
estamos aguardando a manifestação do desembargador para saber de
forma mais clara de quem é essa responsabilidade”, completou ele.
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