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João Pessoa lidera número de mulheres vítimas de violência sexual

Um relatório revela os impactos sociais, econômicos, emocionais e psicológicos das vítimas.

Por Redação T5 Publicado em
Caratz violencia mulher

Um relatório lançando na tarde desta quinta-feira (23) em Brasília, mostrou dados de violência sofridos por mulheres do Nordeste do país. A Pesquisa Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher revelou que em toda região, 27% das mulheres com idade entre 15 e 49 anos já foram vítimas da violência doméstica praticada por maridos, companheiros ou namorados.

O número de mulheres vítimas de violência sexual dentro da própria residência é de 8,8% em João Pessoa, o maior índice comparado as outras capitais do Nordeste.

A capital paraibana foi a segunda a registrar o índice de violência doméstica emocional, 32,5% das mulheres já sofreram esse tipo de agressão. A capital paraibana ficou atrás de Natal (RN), que apontou 34,8% de vítimas.

Veja:

- Pesquisa inédita mostra violência contra as mulheres no Nordeste

Entre os outros tipos de agressões dentro de casa, 17,8% de mulheres já sofreram violência física, número superior à média regional, que apontou 17,2 de vítimas.

Outro dado alarmante do relatório é o número de crianças que viram suas mães serem agredidas dentro de casa. João Pessoa ficou em primeiro lugar entre as outras capitais do Nordeste, registrando 64,2% de filhos expostos a violência, destes 22,8 % também foram vítima de agressão.

Outra constatação da pesquisa foi a transmissão da violência entre as gerações. Os números mostram que, nos nove estados nordestinos, 88% das mulheres souberam que suas mães foram agredidas. E quatro em cada 10 também se tornaram vítimas dessa mesma agressão.

O estudo foi elaborado em parceria com o Instituto Maria da Penha e coordenada pelo professor José Raimundo Carvalho, da Universidade Federal do Ceará (UFC), o relatório revela os impactos sociais, econômicos, emocionais e psicológicos nas vítimas e também na família, especialmente em crianças e adolescentes. Foram ouvidas 10 mil mulheres por 250 entrevistadores.



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