Caso UEPB: Delegado desabafa e diz que policiais são alvo de discriminação
"É uma afronta não apenas a Polícia Militar, notadamente, é uma afronta a Lei ao Estado de Direito",disse.
O caso da PM, que também é estudante de direito, e foi impossibilitada de fazer uma prova no Campus da Universidade Estadual da Paraíba, em Guarabira, divide opiniões na internet. Entre os argumentos, há quem defenda a postura da professora, e, do outro lado, quem defenda a aluna. Veja detalhes do caso clicando aqui.
Quem também entrou na discussão, foi o delegado de Polícia Civil, Walber Virgolino. Ele disse que o fato de uma policial militar e estudante de direito ser impedida de fazer uma prova porque estava fardada é um absurdo. O delegado realizou uma postagem em sua conta no instagram. Veja:
“Não é de hoje que as polícias, sobretudo, a fardada e ostensiva (militar), sofrem preconceito e discriminação por parte da classe dita: “intelectual”, “de esquerda”, etc., em face do período ditatorial (ditadura militar). Hoje, parece que mais uma página dessa história de inversão de valores, de desrespeito ao Estado fardado e armado foi escrita, qual seja, segundo relata a imprensa, uma aluna do curso de Direito da Universidade Estadual da Paraíba e que também é Policial Militar, Campus de Guarabira, foi impedida de fazer uma prova por estar usando uniforme da Polícia Militar, instituição que trabalha e concilia com curso universitário. A farda e a arma fazem parte do material e dos instrumentos de trabalho, dos objetos e apetrechos de trabalho de todo policial. É um direito do Policial portar arma de fogo, a Lei confere isso ao Policial (Art. 6 da Lei 10.826/2013). Se isso realmente ocorreu, consiste em um ABSURDO, é uma afronta não apenas a Polícia Militar, notadamente, é uma afronta a Lei ao Estado de Direito. A Policial Militar deveria era ser estimulada a concluir o curso e, parabenizada, por procurar se qualificar a suas expensas e não desencorajada a desistir como amplamente divulgado. É inconcebível uma sociedade que é preparada em suas cátedras a ter ojeriza a polícia e seus símbolos em detrimento de um passado nebuloso que a maioria não conheceu (ditadura militar), mas é estimulada a cultuar uma liberdade sem regras, uma liberdade sem respeito e preconceituosa, onde o que “é certo” está preconizado na filosofia de vida e de pensar dessa classe “intelectual”. Em um país sério um Policial armado, seja com farda ou sem farda, só era para incomodar bandido, poderia ser até dentro de uma igreja”,escreveu.
A reação dos seguidores de foi instantânea: “Lá ela é apenas ALUNA...acredito que não há necessidade de tudo isso (repercussão com o pedido de afastamento). Falo em relação ao direito de autonomia por parte da UEPB!”, disse uma seguidora. “Os valores estão completamente invertidos nesse país”, escreveu outro.
Na instituição, o caso será estudado pela ouvidoria. O reitor da UEPB, Rangel Júnior, afirmou que só vai se posicionar após a análise.
Uma publicação compartilhada por ⚔️ WALLBER ????VIRGOLINO ⚔️ (@virgulino_lampiao) em Out 31, 2017 às 8:09 PDT