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Câncer de pele matou mais de 50 pessoas só este ano na PB

Por Redação T5 Publicado em
PROTETOR SOLAR

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele é um dos mais incidentes no Brasil, responsável por 33% dos casos da doença. A cada ano, mais de 180 mil novas ocorrências são registradas.

O surgimento geralmente é decorrente da danificação das células presentes no tecido provocando um crescimento descontrolado. Na epiderme, a camada superficial da pele, este processo ocorre a partir da divisão, desenvolvimento e morte das células até o desprendimento do corpo. Elas crescem provocando um inchaço visível sobre a pele.

O câncer de pele é divido em duas tipologias, o melanoma (mais grave), com possibilidades de propagação pelo corpo e o não-melanoma, que é o mais frequente nos casos brasileiros.

Em porcentagem
MELANOMAS 5%
NÃO-MELANOMAS 95%
Fonte: Instituto Nacional de Câncer José de Alencar

Identificação 

Alguns sinais e as famosas 'pintas' pelo corpo, podem ser o indício inicial para existência do câncer. Você pode avaliar as características de cada uma. Analise a quantidade, o tamanho e a intensidade na cor da mancha. Quanto maior for o  tamanho, fique atento e procure um especialista.

Para a dermatologista Simone Saraiva, o principal motivo do aparecimento do câncer de pele está na exposição demasiada a luz solar provocada por uma ação cumulativa. "As pessoas devem ter muito cuidado, pois o número de atendimentos para câncer de pele é crescente em todo o país e aqui na Paraíba não é diferente", disse.

De acordo com a especialista, 90 % dos casos de câncer de pele são provocados por esse propósito. "Temos sol praticamente o ano todo e, infelizmente, a maioria das pessoas não se previne. Quando procuraram uma ajuda tardiamente, quase sempre tardiamente, o diagnóstico não é favorável", completou.

Para o professor do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP), Maurício Baptista, o cuidado com a proteção da pele dever ir além do uso de protetor solar. O especialista ainda alertou que os produtos à venda no mercado não protegem a pele 100%.

"Essa proteção não é suficiente e, infelizmente, produtos que possam oferecer proteção contra os efeitos da luz visível ainda não estão disponíveis no mercado. As empresas que produzem os filtros solares conhecem os dados sobre os efeitos nocivos da luz visível, mas, como ainda não desenvolveram produtos adequados, não falam sobre esse assunto, colocando a saúde da população em risco”, alertou ao Jornal da USP no mês passado.

Infelizmente, produtos que possam oferecer proteção contra os efeitos da luz visível ainda não estão disponíveis no mercado.

Maurício Baptista, professor.

Na Paraíba

Segundo estimativa da Secretaria de Saúde do Estado, no período entre 2016 e 2017 os casos de câncer de pele chegaram a marca dos 2,1 mil. De 2010 a 2016 foram registradas 474 mortes. Até o fechamento desta matéria, 2017 registou 55 óbitos. Simone Saraiva alertou que o avanço no número de jovens com a doença assusta. “Já atendi pessoas com idade entre 23 e 30 anos com câncer de pele, isso impressiona. Outro problema que encontro é o envelhecimento precoce. Isso já demanda outro tipo de tratamento”, completou.

Quatro hospitais oferecem tratamento contra a doença. Em João Pessoa, o Hospitais Napoleão Laureno e São Vicente de Paula. Na cidade de Campina Grande, o Hospital Universitário Alcides Carneiro e a Fundação Assistencial da Paraíba estão aptos ao atendimento.



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