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Mercados em movimento: Cris Atalla comenta as novas direções da política monetária

Além disso, a analista abordou o contingenciamento de despesas do governo, que começou em 15 bilhões de reais, mas foi reduzido para 5 bilhões na semana passada

Por Redação T5 Publicado em
investindo de fatto 30/09
A coluna "Investindo de Fatto" vai ao ar semanalmente na Rádio Jovem Pan João Pessoa (Foto: Reprodução/Jovem Pan João Pessoa)

Na edição desta segunda-feira (30) da coluna "Investindo de Fatto", transmitida pela Rádio Jovem Pan João Pessoa, a especialista Cris Atalla destacou os principais acontecimentos da semana passada nos mercados financeiros globais e brasileiros. Durante a análise, Cris enfatizou a importância de estar informado em um cenário de volatilidade econômica e a relevância das recentes decisões de política monetária.

O Ibovespa teve uma alta de 1,3%, fechando em 132.000 pontos. Este desempenho positivo vem em um contexto onde as bolsas mundiais alcançaram um recorde, ultrapassando 123 trilhões de dólares em valor agregado. Uma das notícias que animou o mercado foi a redução de 0,5% na taxa de juros dos Estados Unidos, indicando que a inflação americana está sob controle e abrindo espaço para novas quedas nas taxas.

Em contrapartida, o Brasil registrou um aumento de 0,25% na taxa SELIC, estabelecendo um cenário inédito em que o país enfrenta a alta de juros enquanto os EUA diminuem suas taxas. Este aumento é reflexo de um descontrole fiscal e de um excesso de gastos do governo, que têm gerado pressões inflacionárias.

Cris também comentou sobre a transição no Banco Central, onde a decisão unânime de aumentar os juros, mesmo com a indicação de Gabriel Galípolo como o próximo presidente, foi interpretada como um sinal positivo para o mercado. Essa atitude demonstra a independência da instituição em relação às pressões políticas, reforçando a importância da política monetária em tempos de incerteza.

Além disso, a analista abordou o contingenciamento de despesas do governo, que começou em 15 bilhões de reais, mas foi reduzido para 5 bilhões na semana passada. Essa falta de definição sobre o controle dos gastos públicos e a elevação de tributos sem um plano claro de arrecadação podem acarretar problemas adicionais para a economia brasileira, afetando a relação com o dólar e exacerbando a inflação.

No cenário internacional, a China desempenhou um papel relevante, anunciando uma série de estímulos econômicos com a meta de crescimento de 5% para este ano. As medidas incluem redução de taxas de juros e suporte a bancos estatais, resultando em uma alta de mais de 12% na bolsa chinesa, o que beneficiou diretamente ações de empresas como a Vale, que subiu 11%.

Cris Atalla concluiu sua análise ressaltando a importância das informações econômicas que influenciam diretamente os investimentos. O Tesouro Nacional divulgará nesta semana o resultado do governo central, além do aguardado relatório do payroll dos EUA, que poderá indicar a continuidade das quedas de juros no país norte-americano.



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