Foragidas do 8/1 são presas ao tentar entrar ilegalmente nos EUA
As presas incluem três mulheres já condenadas por crimes como tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público, além de uma ré com mandados de prisão no Brasil

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Quatro brasileiras acusadas de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro foram presas ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos, segundo confirmou a ICE (Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA). Elas estão detidas há mais de 50 dias e aguardam deportação.
As presas incluem três mulheres já condenadas por crimes como tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público, além de uma ré com mandados de prisão no Brasil. Elas deixaram o país em 2024 e se refugiaram na Argentina, mas fugiram para os EUA após pedidos de extradição do STF (Supremo Tribunal Federal).
A primeira detenção ocorreu em 12 de janeiro, quando Raquel Souza Lopes, de 51 anos, foi presa ao tentar cruzar a fronteira pelo Texas. Nove dias depois, Rosana Maciel Gomes, 51, Michely Paiva Alves, 38, e Cristiane da Silva, 33, foram capturadas em El Paso. A ICE não informou se elas foram presas em postos de imigração ou em travessias ilegais com coiotes.
As detenções ocorreram um dia após Donald Trump reassumir a presidência e anunciar uma política rígida contra imigrantes ilegais. "Toda entrada ilegal será interrompida e vamos deportar milhões de estrangeiros", declarou o republicano.
As quatro mulheres foram submetidas ao processo de "expulsão acelerada", que permite a deportação sem audiência na Justiça americana. O Itamaraty afirmou que, por questões legais, não divulga informações sobre brasileiros detidos no exterior.
Outros fugitivos dos atos de 8 de janeiro continuam na Argentina, Colômbia e Peru, alegando serem perseguidos políticos. Já a Associação dos Investigados no episódio, Asfav, critica as condenações, classificando as penas de até 17 anos como "excessivas".