Justiça reconhece perseguição política e garante pensão à viúva de Vladimir Herzog
Valor da pensão poderá ser reavaliado durante o processo.

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A Justiça Federal determinou o pagamento de pensão vitalícia de R$ 34.577,89 à Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar. A decisão reconhece Herzog como vítima de perseguição política e garante à família reparação financeira.
O juiz Anderson Santos da Silva, da 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, destacou o estado de saúde de Clarice, de 83 anos e com Doença de Alzheimer avançada. O valor da pensão poderá ser reavaliado durante o processo. Além disso, o Tribunal Regional Federal (TRF-1) analisará pedidos de reparação retroativa e indenização por dano moral no valor de R$ 2.500.000,00.
Vladimir Herzog foi torturado e assassinado pelo Exército em 1975. A versão oficial de suicídio foi desmentida por uma investigação e, em 2013, a Justiça de São Paulo corrigiu o atestado de óbito, apontando tortura como causa da morte. Em 2024, Clarice foi anistiada política e recebeu indenização pela perseguição sofrida.