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TCU determina medidas para proibir uso do Bolsa Família para apostas

A decisão foi tomada após solicitação do Ministério Público junto ao TCU

Por Carlos Rocha Publicado em
Programa bolsa familia
TCU determina medidas para proibir uso do Bolsa Família para apostas (Foto: Divulgação/MDS)
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O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jhonatan de Jesus, determinou, neste domingo (15), que o governo federal tome medidas imediatas para evitar que os beneficiários do Bolsa Família utilizem os recursos recebidos do programa para apostas online. A decisão foi tomada após solicitação do Ministério Público junto ao TCU.

Com a medida, o governo deve adotar soluções para impedir a participação de beneficiários do Bolsa Família e de outros programas sociais e assistenciais em apostas eletrônicas. O objetivo da proibição, segundo o ministro, é evitar o desvio de finalidade dos recursos. "A medida cautelar restringe-se a evitar o uso indevido de recursos públicos em atividades incompatíveis com os objetivos constitucionais dos programas assistenciais, sem prejuízo à continuidade do atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade que atendam aos critérios legais de elegibilidade", explicou Jhonatan de Jesus.

Na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as dificuldades operacionais para cumprir a decisão do ministro Luiz Fux, tomada no mês passado, que também visa impedir os gastos dos beneficiários do programa com apostas. O principal obstáculo seria a dificuldade de identificar recursos oriundos do Bolsa Família em meio a outras fontes de renda nas contas dos beneficiários, o que dificulta a proibição das apostas.

Em novembro, o plenário do STF ratificou a liminar proferida por Luiz Fux, que determinou a aplicação imediata das regras da Portaria nº 1.231/2024 do Ministério da Fazenda, que proíbe ações de publicidade e marketing voltadas para crianças e adolescentes sobre apostas. Essa norma começaria a vigorar no dia 1º de janeiro de 2025.

O processo que gerou o debate foi protocolado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que questiona a Lei 14.790/2023, que regulamenta as apostas online de quota fixa. Na ação, a CNC afirma que a legislação causa impactos negativos nas classes sociais menos favorecidas, como o aumento do endividamento das famílias.



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