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Cantor Leonardo paga indenização a trabalhadores resgatados em Fazenda

O cantor pagou um total de R$ 225 mil em indenizações aos trabalhadores

Por Carlos Rocha Publicado em
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Cantor Leonardo paga indenização a trabalhadores resgatados em Fazenda

O cantor Leonardo, conhecido no cenário sertanejo, foi responsabilizado pelo resgate de seis trabalhadores, incluindo um adolescente, que estavam em situação degradante em uma fazenda arrendada pelo artista em Jussara, Goiás. Em operação realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego em novembro de 2023, a informação foi confirmada pela Defensoria Pública da União (DPU) nesta quinta-feira, 10 de outubro. O cantor pagou um total de R$ 225 mil em indenizações aos trabalhadores.

Os resgatados estavam vinculados à Fazenda Talismã, de propriedade de Leonardo, e atuavam na Fazenda Lakanka, que estava arrendada para limpeza de terreno destinado ao cultivo de soja, sem qualquer registro formal de trabalho. Segundo a DPU, a operação contou com a participação do Ministério Público do Trabalho, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.

Os trabalhadores foram encontrados em condições precárias, dormindo em camas improvisadas feitas com caixotes de madeira e sem acesso a água potável e banheiros. Relatos indicam a presença de morcegos e outros animais nocivos, como escorpiões e cobras, nos alojamentos.

A situação chegou ao conhecimento das autoridades quando uma das vítimas procurou a polícia, informando que começou a receber cobranças de um empréstimo feito em seu nome. O cantor Leonardo teve seu nome incluído na “lista suja” do governo federal, que relaciona empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão.

Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o sertanejo afirmou que a área estava arrendada para terceiros e que não tinha conhecimento das condições de trabalho dos funcionários. Ele considerou sua inclusão na lista como um “equívoco” e declarou que é totalmente contra práticas de trabalho escravo.

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a DPU, o MPT e o responsável pela Fazenda Talismã prevê a regularização das verbas rescisórias dos trabalhadores e um valor de R$ 35 mil a título de dano moral individual para cada trabalhador, exceto para o menor de idade, que recebeu R$ 50 mil.

O TAC também impõe uma série de obrigações para evitar a repetição de práticas trabalhistas ilegais, incluindo a garantia de condições dignas de trabalho. As propriedades arrendadas estão sujeitas a multas em caso de descumprimento das exigências estabelecidas para assegurar o respeito aos direitos trabalhistas e à dignidade dos trabalhadores.



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