Patroa é presa suspeita de explorar babá sexualmente e matá-la em seguida
A prisão ocorreu após as investigações revelarem um cenário perturbador de ameaças, exploração sexual e homicídio
A Polícia Civil prendeu na noite de quarta-feira (18) Kamila Barroso, principal suspeita do assassinato de Geovana Costa Martins, uma jovem de 20 anos que trabalhava como babá para a família da acusada em Manaus (AM). A prisão ocorreu após as investigações revelarem um cenário perturbador de ameaças, exploração sexual e homicídio.
Geovana foi encontrada morta no dia 20 de agosto, em uma área de mata no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, com sinais evidentes de espancamento. Seu corpo foi reconhecido pela família apenas cinco dias após o crime, no dia 25 de agosto.
Segundo a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Kamila não apenas explorava Geovana sexualmente, mas também a mantinha em um regime de cárcere privado. A casa onde Kamila vivia com Geovana funcionava como um ponto de prostituição, disfarçada de "casa de massagem". Geovana, que inicialmente foi contratada como babá, foi gradualmente aliciada por Kamila, que a atraiu com promessas de uma vida de festas e liberdade.
A delegada Marília Campello revelou que Kamila controlava todos os aspectos da vida de Geovana, proibindo-a de manter qualquer contato com o mundo exterior, inclusive com seu ex-namorado. Geovana era constantemente ameaçada e obrigada a realizar programas sexuais, sendo mantida em isolamento e sob controle rigoroso. Quando a jovem expressava o desejo de deixar a casa, Kamila a intimidava com uma suposta dívida que deveria ser paga com mais trabalho.
A investigação apontou ainda que Kamila, que já havia sido presa anteriormente por tráfico de drogas, pretendia levar Geovana para a Europa, possivelmente para explorá-la ainda mais. A prisão de Kamila foi acelerada devido à descoberta de que ela tinha uma passagem marcada para o exterior.
Durante as investigações, uma foto de Geovana mostrando sinais de tortura foi encontrada, sugerindo que ela sofreu abusos na própria casa onde foi mantida. Apesar de Kamila negar qualquer envolvimento no crime, as evidências contra ela são substanciais, justificando sua prisão.
Além de Kamila, a polícia também está à procura de Eduardo Gomes da Silva, suspeito de envolvimento no transporte do corpo de Geovana e que já tinha um mandado de prisão em aberto por outro crime.
A frieza com que Kamila lidou com a situação chamou a atenção dos investigadores. Ela chegou a registrar um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento de Geovana ao lado da mãe da jovem, fingindo preocupação e tristeza. Kamila participou do velório e até chorou, afirmando ser como uma segunda mãe para Geovana. No entanto, as investigações indicam que ela é a principal responsável pela morte da jovem.