Psicóloga explica como funciona o poliamor
A aceitação social atual tem possibilitado uma nova visão sobre essas relações, reconhecendo o poliamor como uma escolha legítima
O poliamor, que emergiu na década de 1980 nos Estados Unidos e teve sua primeira conferência internacional em 2005, na Alemanha, é um modelo de relacionamento que defende a ideia de que é possível amar e ser amado por várias pessoas ao mesmo tempo de forma saudável e natural. Ao contrário do amor livre, o poliamor não se foca apenas no aspecto sexual, mas valoriza a amizade e o companheirismo, promovendo envolvimentos responsáveis e duradouros com múltiplos parceiros.
Em uma entrevista ao programa "Com Você", a psicóloga Janaína Ferreira explicou que o poliamor permite manter relações emocionais e sexuais simultâneas com várias pessoas, desde que todos os envolvidos estejam cientes e de acordo com a dinâmica. Ela observa que, "O poliamor engloba um modelo mais amplo de relacionamentos, onde o envolvimento pode incluir mais de duas pessoas e vai além da esfera sexual para incluir aspectos emocionais e afetivos."
Um dos principais desafios do poliamor é lidar com tabus e preconceitos que frequentemente associam esse tipo de relacionamento a traição ou desordem. A psicóloga destacou que a complexidade emocional e a necessidade de comunicação clara entre todos os envolvidos são essenciais para o sucesso do poliamor. "Entender as próprias limitações e expectativas é crucial para manter um relacionamento saudável e consensual", explicou.
O poliamor é uma abordagem moderna para explorar e compreender a diversidade nos relacionamentos, oferecendo uma alternativa ao conceito tradicional de completude em um único parceiro. Ela enfatizou que a aceitação social atual tem possibilitado uma visão mais ampla sobre essas relações, reconhecendo o poliamor como uma escolha legítima quando praticado de forma consensual e transparente.