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Maduro afirma, sem provas, que eleições no Brasil não são auditadas

Maduro afirmou que a Venezuela possui o melhor sistema eleitoral do mundo, destacando que há 16 auditorias e uma auditoria em tempo real de 54% das urnas

Por Carlos Rocha Publicado em
Nicolas Maduro
Maduro afirma, sem provas, que eleições no Brasil não são auditadas

Em um comício realizado na noite desta terça-feira (23) no estado de Aragua, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, questionou os sistemas eleitorais do Brasil, dos Estados Unidos e da Colômbia, afirmando, sem provas, que as eleições nesses países não são auditadas. As declarações foram feitas de acordo com informações do site Monitoreamos.

Maduro afirmou que a Venezuela possui o melhor sistema eleitoral do mundo, destacando que há 16 auditorias e uma auditoria em tempo real de 54% das urnas. Ele questionou: "Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é auditável? No Brasil? Não auditam nenhuma ata. Na Colômbia? Não auditam nenhuma ata".

As críticas de Maduro surgiram um dia após o presidente Lula (PT) declarar estar assustado com comentários do venezuelano sobre um "banho de sangue" caso ele seja derrotado nas eleições marcadas para domingo (28). Em resposta, Maduro rebateu: "Eu não disse mentiras. Apenas fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila", sem mencionar diretamente o presidente brasileiro. Maduro afirmou ainda que "na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita".

No Brasil, o boletim de urna é um comprovante impresso emitido pela urna ao final da votação, com um resumo do que foi registrado. Esse documento permite que as pessoas e partidos confiram o resultado imediatamente após a eleição, possibilitando a auditoria da transmissão e totalização dos votos. O boletim é impresso em cinco vias, assinadas pelo presidente da seção e por fiscais dos partidos presentes. Uma via é colocada na porta da seção, três são enviadas ao cartório eleitoral e a última é entregue aos fiscais dos partidos.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela convidou organizações sociais brasileiras simpáticas ao chavismo para acompanhar as eleições. Além disso, fez um convite ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para organizar uma missão de observação limitada a dois técnicos. Inicialmente, o TSE recusou, mas depois decidiu enviar os técnicos para acompanhar o pleito.

O presidente Lula afirmou na segunda-feira (22) que Celso Amorim, seu assessor especial para assuntos internacionais, viajará à Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais.



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