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Entenda falha no sistema da CrowdStrike que causou apagão cibernético

A empresa de segurança cibernética CrowdStrike, responsável pelo apagão, afirmou categoricamente que o incidente não foi um ataque

Por Carlos Rocha Publicado em
Os golpes virtuais estão cada vez mais frequentes
Entenda falha no sistema da CrowdStrike que causou apagão cibernético (Foto: Freepik)

Uma falha na atualização de conteúdo relacionada ao sensor de segurança CrowdStrike Falcon, responsável por detectar possíveis invasões de hackers, foi a causa do ataque cibernético desta sexta-feira (19). O incidente deixou milhares de empresas e pessoas em todo o mundo sem acesso a sistemas operacionais, especialmente o Windows, da Microsoft.

A empresa de segurança cibernética CrowdStrike, responsável pelo apagão, afirmou categoricamente que o incidente desta sexta-feira (19) não foi um ataque. De acordo com a empresa, o que ocorreu na madrugada desta sexta-feira foi uma atualização de conteúdo para os arquivos hosts Windows da Microsoft.

Um arquivo Host é utilizado pelo sistema operacional no mapeamento de hosts amigáveis para endereços IP (Protocolo de Internet) numéricos, que identificam e localizam outro host em uma rede IP. Esses arquivos host contêm linhas de texto com endereços de IP, que se comunicam entre si.

O CrowdStrike Falcon, que foi atualizado e apresentou problemas, é um sensor que pode ser instalado nos sistemas operacionais Windows, da Microsoft, Mac ou Linux. São módulos de produtos que se conectam a um ambiente de soluções de segurança chamados de endpoint, que é hospedado na nuvem. Esse sensor permite acesso instantâneo às informações de "quem, quando, onde e como" ocorreu um ataque, e sua arquitetura em nuvem proporciona períodos de resposta e correção rápidos e precisos.

Um endpoint security, ou ponto final de segurança, oferece proteção para os dispositivos. A computação em nuvem é o fornecimento de serviços de computação, incluindo servidores, armazenamento, banco de dados, rede, software, análise e inteligência, pela internet (a nuvem), oferecendo inovações rápidas com recursos flexíveis e economias de escala. Foram esses serviços que apresentaram dificuldades de acesso a plataformas de empresas em todo o mundo.

De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP), a segurança de endpoint trabalha para garantir a proteção das informações sensíveis e ajuda a empresa a cumprir as regras de proteção de dados. Isso ressalta a necessidade crescente de medidas de segurança que as empresas devem adotar para evitar ameaças cibernéticas.

Mitigação

Mais cedo, a Microsoft informou que medidas de mitigação estavam sendo adotadas, mas alertou que muitos usuários poderiam não conseguir acessar vários aplicativos e serviços, como ocorreu ao redor do mundo. As empresas afetadas identificaram que utilizam o sistema de segurança da CrowdStrike.

Devido à situação ocorrida hoje, as ações da empresa, cotadas na abertura do mercado acionário a US$ 351 dólares, eram negociadas na tarde desta sexta-feira a US$ 297, uma queda de mais de US$ 50, significando uma perda de valor de mercado da CrowdStrike superior a US$ 2 bilhões em um único dia.

Ataques Rastreado

O site da empresa CrowdStrike informa, em seu Relatório Global de Ameaças, tendências e eventos notáveis em todo o cenário de ciberameaças, que detectou 34 adversários recém-identificados em 2023. Mais de 230 ataques adversários no total foram rastreados pela empresa, e as intrusões na nuvem, onde ocorreu o problema verificado hoje, aumentaram em 75%.

Segundo a empresa, o tempo para comprometimento de e-crime mais rápido registrado foi de dois minutos e sete segundos. O relatório também apontou que o aumento de vítimas de roubo de dados identificados na dark web foi de 76%. O relatório de inteligência examina como os adversários estão operando e constata-se uma furtividade sem precedentes, com adaptação rápida dos ataques para evitar a descoberta pelos sistemas de segurança.



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