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Macron recusa demissão de primeiro-ministro para "garantir a estabilidade do país"

Presidente da França não aceitou renúncia de Gabriel Attal, que tinha pedido para sair após coalizão de esquerda vencer eleições legislativas

Por SBT News Publicado em
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Emmanuel Macron, presidente da França (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente da França, Emmanuel Macron, não aceitou a renúncia do primeiro-ministro, Gabriel Attal, e decidiu mantê-lo no cargo "para garantir a estabilidade do país", segundo informações da agência de notícias Associated Press.

Attal, no cargo há apenas sete meses, havia afirmado que deixaria o governo nesta segunda-feira (8), após a vitória da coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) no segundo turno das eleições legislativas da França, nesse domingo (7).

Macron pediu para Attal continuar como premiê logo após a manifestação pela renúncia, em reunião com outros aliados políticos no palácio presidencial. O encontro durou cerca de 90 minutos.

Ontem, o primeiro-ministro tinha manifestado discordância da decisão de Macron de antecipar eleições legislativas. Há expectativa de que Attal, de 35 anos, permaneça no cargo temporariamente pelo menos até as Olimpíadas de Paris, que começam em 26 de julho e se encerram em 11 de agosto.

Futuro político da França

O resultado desse domingo pode colocar a França num cenário de incertezas nos próximos anos, já que nenhum lado obteve maioria absoluta (mínimo de 289 do total de 577 cadeiras) na Assembleia Nacional.

A NFP, que reúne as principais legendas de esquerda, surpreendeu, conseguindo 182 assentos. O bloco centrista Juntos, de Macron, alcançou 168, enquanto o partido Reunião Nacional (RN), liderado por nomes da extrema direita como a presidenciável Marine Le Pen, chegou a 143.

Fundador da França Insubmissa, que integrou a coalizão de esquerda, e um dos principais líderes do bloco, Jean-Luc Mélenchon afirmou ontem que a NFP está "pronta para governar" e que Macron precisará formar alianças.

A partir de agora, será um período de intensas negociações na Assembleia Nacional, sobretudo entre esquerda e centro.



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