Sebastián Piñera, ex-presidente chileno, morre em queda de helicóptero
Segundo informações da rede CNN do Chile, o ex-presidente frequentemente pilotava sua própria aeronave
Nesta terça-feira (6), o ex-presidente do Chile Sebastián Piñera, de 74 anos, faleceu em um trágico acidente de helicóptero que ocorreu na cidade de Lago Ranco, região central do Chile. O jornal "La Tercera" foi o primeiro veículo a reportar a fatalidade.
O helicóptero transportava Piñera de volta de uma visita a um amigo, o empresário José Cox, acompanhado de outras três pessoas. Segundo informações da rede CNN do Chile, o ex-presidente frequentemente pilotava sua própria aeronave.
A agência nacional de resposta a desastres do Chile, a Senaprad, confirmou o ocorrido, declarando que houve um acidente envolvendo um helicóptero na cidade de Lago Ranco, resultando na morte de uma pessoa. No entanto, o governo ainda não oficializou a identidade da vítima como sendo o ex-presidente.
De acordo com relatos do site do jornal "La Tercera", autoridades governamentais informaram que quatro indivíduos estavam a bordo do helicóptero, dos quais três foram localizados pelas equipes de resgate. Quando os socorristas chegaram ao local, a aeronave já havia afundado nas águas do lago.
A notícia também repercutiu em veículos internacionais como os jornais "ABC", da Espanha, e "Clarín", da Argentina. Segundo o "Clarín", Piñera estava pilotando o helicóptero e enfrentou dificuldades para desafivelar o cinto de segurança, enquanto duas pessoas conseguiram nadar até a margem e uma terceira foi resgatada na água com a ajuda de um bote.
Trajetória de Piñera
Sebastián Piñera, além de ex-presidente do Chile, era um empresário bilionário que ocupou o cargo presidencial por duas vezes. Durante seu segundo mandato, enfrentou uma significativa agitação social no país, não conseguindo recuperar sua popularidade.
Com uma fortuna avaliada em cerca de US$ 2,9 bilhões pela Forbes, Piñera buscou se posicionar como um exemplo de uma direita democrática. Durante seu primeiro mandato, entre 2010 e 2014, ele confrontou os defensores da ditadura de Augusto Pinochet, chamando-os de "cúmplices passivos", e fechou uma prisão especial destinada a violadores dos direitos humanos.
Já em seu segundo governo, entre 2018 e 2022, ele tentou consolidar sua imagem como um líder regional, destacando o Chile como um "oásis" na América Latina. Em fevereiro de 2019, solidarizou-se com a cidade colombiana de Cúcuta, oferecendo aos venezuelanos um visto especial para ingressarem no Chile.