Vídeo: homens armados invadem estúdio de TV e fazem reféns no Equador
A polícia equatoriana anunciou via rede social que está se dirigindo ao local para lidar com a situação
Homens armados e utilizando balaclavas invadiram os estúdios do canal de TV TC Mi Canal, situado em Guayaquil, Equador, nesta terça-feira (9). A polícia equatoriana anunciou via rede social que está se dirigindo ao local para lidar com a situação.
Segundo relatos da mídia local, um dos invasores chegou a apontar uma arma no pescoço de um apresentador. Além disso, informações indicam que um artefato explosivo foi colocado na recepção do canal, enquanto mais de 10 pessoas invadiram o local de gravação do programa El Noticiero, mantendo algumas pessoas como reféns. Disparos também foram registrados dentro do estúdio, conforme informado pelo site "Ecuavisa".
A situação ocorre em meio a uma crise de segurança que assola o país nos últimos dois dias. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, decretou estado de exceção nesta segunda-feira (8), após a fuga de um criminoso conhecido como Fito, líder do grupo Los Choneros. O Ministério Público acusa funcionários do próprio presídio de facilitarem a fuga, e sete policiais já foram sequestrados durante o período de exceção.
Nesta terça-feira (9), as autoridades relataram a fuga de outro criminoso, Fabricio Colón Pico, líder de Los Lobos, preso na sexta-feira (5) sob acusação de sequestro e por suposta participação em um plano para assassinar a procuradora-geral do país. Sete policiais foram sequestrados em diferentes localidades.
Além dos sequestros, foram registradas explosões na província de Esmeraldas, onde um artefato explosivo foi lançado próximo a uma delegacia, e dois veículos foram incendiados, sem deixar vítimas. Em Quito, um veículo explodiu, e um dispositivo foi detonado perto de uma ponte de pedestres.
O presidente Noboa, o mais jovem da história equatoriana aos 36 anos, prometeu enfrentar com firmeza os grupos de traficantes associados a cartéis colombianos e mexicanos. O estado de exceção, válido por 60 dias em todo o país, incluindo nas penitenciárias, impõe um toque de recolher entre 23h e 5h. A sede presidencial e estações de metrô em Quito estão militarizadas.
O presidente responsabilizou as ações para "recuperar o controle oficial" dos presídios como motivo do ataque, afirmando que não negociará com terroristas e garantindo que não descansará até devolver a paz aos equatorianos. A militarização visa permitir que as Forças Armadas intervenham no sistema prisional.
A crise no Equador, localizado entre Colômbia e Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, é agravada pelos confrontos entre presidiários, altos índices de homicídios e apreensões recordes de drogas. A violência tem escalado desde 2021, transformando o país outrora pacífico em um cenário preocupante de guerra às drogas.