Tostão: 1xBet relembra o grande atacante que venceu o medo

Início de carreira brilhante e uma lesão fatal

Eduardo Gonçalves de Andrade entrou no sistema Celestes aos 16 anos. Antes, conseguiu jogar por um ano no Atlético Mineiro e foi incluído na seleção de juniores de Minas Gerais. No início de 1963, o jovem fez uma partida-teste com a seleção principal da Seleção, vencida inesperadamente, e Tostão marcou os dois gols. Após a transferência para o famoso Cruzeiro, o atacante justificou todos os avanços e fez 249 gols em 378 jogos em nove anos no clube. Tostão conquistou 5 campeonatos estaduais e foi artilheiro o mesmo número de vezes. A essa conquista somou a Copa do Brasil de 1966 e duas Copas Rio Branco.

Tostão, atacante do Cruzeiro, abordou uma partida normal da Copa do Brasil contra o Corinthians em 1968 como líder do clube e artilheiro. Em um dos episódios do jogo, o zagueiro Ditão, ao chutar a bola, acertou o olho esquerdo do adversário. O acidente resultou em descolamento de retina. Tostão estava praticamente cego de um olho, mas após uma cirurgia de emergência nos EUA, o atacante voltou aos gramados e se tornou uma estrela da Copa do Mundo dois anos depois.

“Eu o amo como parceiro. Ele sabe como fazer um jogo”

Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970, ele marcou 10 gols em seis jogos. Parecia que o pior já havia passado, mas um ano depois da malfadada partida, Tostão piorou muito. Após a segunda cirurgia, o jogador de futebol passou a se cuidar mais durante os treinos e desistiu quase totalmente de cabecear. Ele costumava jogar com um curativo, o que não o impedia de marcar regularmente duplas e hat-tricks contra os adversários. Na Copa do Mundo, o “atacante caolho”, como às vezes era chamado, disputou todas as seis partidas sem substituição, e o técnico Mario Zagallo confiou totalmente nele. A dupla Tostão-Pele aterrorizou os rivais brasileiros. Nas quartas de final contra o Peru, Eduardo marcou um dos gols mais bonitos de todo o torneio. Após uma assistência inteligente de Rivellino, ele foi para a área e, em ângulo agudo, cabeceou para o canto próximo com a precisão de um bilhar. Após a última partida no Estádio Azteca, onde a Seleção venceu a Itália por 4 a 1, o Brasil comemorou não só Pelé, que se tornou o primeiro e até agora único tricampeão mundial, mas também Tostão. O Rei falou laconicamente, mas de forma muito lisonjeira, sobre o seu parceiro: “Eu o amo como parceiro. Ele sabe fazer jogo." Falando sobre seu estilo de jogo, Tostão disse que, ao contrário dos atacantes vinculados a uma posição, gosta de se movimentar por toda a linha ofensiva e entrar na grande área apenas para fazer gols.

Vitória contra o medo

Eduardo era um menino frágil e baixo quando era criança, e mesmo seus primeiros treinadores não acreditaram nele. Seus colegas o apelidaram de “Tostão”, e esse nome ficou com o jogador para o resto da vida. Ele encerrou a carreira devido a problemas de visão em 1973, embora muitos de seus colegas estivessem apenas começando a atingir o auge do jogo aos 26 anos. Ele lidou com o medo da cegueira, que surgiu após repetidas cirurgias, de uma forma original - como um verdadeiro atacante , ele partiu para o ataque. Abandonando o esporte, Tostão entrou na faculdade de medicina e se tornou... oftalmologista.

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