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Villavicencio: vídeo mostra assassinato de candidato à presidência do Equador

Assessores do candidato confirmaram a morte, e vídeos chocantes do incidente foram compartilhados nas redes sociais

Por Carlos Rocha Publicado em
Villavicencio: vídeo mostra assassinato de candidato à presidência do Equador
Villavicencio: vídeo mostra assassinato de candidato à presidência do Equador (Foto: Divulgação)

O cenário político no Equador foi abalado pela trágica notícia do assassinato de Fernando Villavicencio, candidato a presidente do país. O político, conhecido por suas posições em defesa das causas sociais e dos trabalhadores, foi alvejado com três tiros na cabeça após sair de um comício na cidade de Quito na quarta-feira (9), como relata a mídia local.

Assessores do candidato confirmaram a morte, e vídeos chocantes do incidente foram compartilhados nas redes sociais através do perfil de Villavicencio no Instagram, mostrando o momento do atentado que ceifou sua vida.

De acordo com o jornal "El Universo", testemunhas que estavam presentes no comício relataram ter ouvido disparos seguidos pelos gritos de alerta, enquanto observavam o candidato cair ao chão. Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento de pânico entre as pessoas presentes, que buscavam se proteger ao ouvir os tiros.

Villavicencio ocupava o quinto lugar em uma pesquisa recente publicada pelo jornal "El Universo", e a eleição estava programada para o dia 20 de agosto. A morte do candidato traz uma reviravolta inesperada no cenário político do país.

O presidente atual do Equador, Guillermo Lasso, manifestou-se através das redes sociais prometendo uma resposta contundente ao crime. "O crime organizado chegou muito longe, mas o peso da lei vai cair neles", afirmou Lasso. A gravidade do assassinato de um candidato presidencial levou o gabinete de segurança a se reunir para discutir ações apropriadas.

Fernando Villavicencio, de 59 anos, era um ex-jornalista e foi deputado federal entre 2021 e 2023. Ele defendia as causas sociais indígenas e dos trabalhadores, além de ter sido líder sindical. No entanto, ele também era um adversário do ex-presidente Rafael Correa. Villavicencio foi condenado a 18 meses de prisão em 2014 por injúrias contra Correa, afirmando que o ex-presidente havia ordenado a invasão de um hospital policial por homens armados durante uma rebelião de policiais. Ele foi para o Peru como exilado político.

O Equador tem enfrentado um aumento da violência ligada ao narcotráfico nos últimos anos, o que resultou em assassinatos de autoridades e candidatos durante o processo eleitoral. A taxa de homicídios no país dobrou em 2022, atingindo 25 por 100 mil habitantes, enquanto em 2023 chegou a 18 até junho.

As eleições gerais antecipadas no Equador, que elegerão um novo presidente, vice-presidente e parlamentares, ocorrerão em 20 de agosto. A dissolução da opositora Assembleia Nacional pelo presidente Guillermo Lasso em maio provocou um cenário político conturbado que culminou nas eleições antecipadas.

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