Diagnósticos de câncer no intestino aumentaram 64% nos últimos 10 anos
Entre 2012 e 2021, foram registradas 657.183 hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a doença
O número de internações por câncer de intestino aumentou 64% nos últimos dez anos, tornando-se o segundo tipo mais comum da doença entre homens e mulheres, logo atrás do câncer de próstata e mama, respectivamente. Artistas como Preta Gil, Simony, Conrado e Emílio Surita foram diagnosticados com a doença recentemente.
Especialistas apontam a alimentação e o estilo de vida como as principais causas desse crescimento significativo. Um levantamento inédito realizado por sociedades médicas revelou que a dieta rica em alimentos ultraprocessados e pobre em fibras, juntamente com o sedentarismo, tabagismo e alcoolismo, são fatores que contribuem para o aumento dos casos de câncer colorretal.
Entre 2012 e 2021, foram registradas 657.183 hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a doença, representando um crescimento de 64% nesse período. Além disso, os dados de mortalidade mostram um aumento de 40% nos óbitos relacionados a esse tipo de câncer em 2021, com 19.924 registros.
A má qualidade da alimentação e o consumo excessivo de álcool, tabaco e alimentos ultraprocessados têm sido associados ao câncer colorretal em diversos estudos científicos. O consumo de feijão com arroz, considerado uma refeição saudável, diminuiu significativamente, enquanto os alimentos industrializados e as bebidas alcoólicas apresentaram aumento na ingestão.
A obesidade, o consumo de carne processada e a falta de frutas, verduras e legumes também são fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de intestino. A prevenção da doença envolve a adoção de hábitos saudáveis, como manter o peso corporal adequado, praticar atividade física regularmente e seguir uma alimentação balanceada, rica em fibras e alimentos naturais.
O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Os principais sintomas incluem presença de sangue nas fezes, dor abdominal persistente, alterações no ritmo intestinal, emagrecimento rápido e anemia. Exames como o de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia são utilizados para confirmar o diagnóstico.
O tratamento do câncer de intestino geralmente envolve cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio da doença. O Sistema Único de Saúde oferece diagnóstico e tratamento, contando com hospitais especializados em oncologia em todo o país.