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9 expressões francesas para não levar ao pé da letra

Além de verdadeiras aulas de francês, canções nos fazem refletir sobre a vida.

Por Renata Nunes Publicado em
expressões francesas para não levar ao pé da letra
expressões francesas para não levar ao pé da letra (Imagem: Divulgação)

Em tradução livre, a expressão francesa acima significa “desenhe um carneiro para mim”. Ela é nome de uma música feita pela cantora Mylène Farmer e faz referência à infância, quando olhávamos para o céu e enxergávamos nuvens em formato de animais. Profundo né? Pois é, além de verdadeiras aulas de francês, canções nos fazem refletir sobre a vida.

Existem muitas outras frases que fazem parte da rotina dos gálicos e podem não fazer tanto sentido em português. Por outro lado, aprender os seus significados é essencial para compreender melhor a cultura de um país. Além de, claro, expandir o vocabulário de quem deseja dar uma passadinha por lá!

Então que tal conhecer mais expressões em francês?

Donner un coup de main…”

Dar um sopro de mão”, ou melhor, dar uma mãozinha. Então, quando você precisar da ajuda de alguém e vice-versa, a pergunta seria:“pouvez-vous donner un coup de main?”

Chercher trois pattes à un canard…

Procurar 3 patas para um pato”. Bom, sabemos que os patos nascem e se locomovem com duas patas, certo? Portanto, esse ditado tem o mesmo significado que “procurar pelo em ovo”, enxergar problemas onde não tem.

En avoir ras le bol!

Ter a tigela cheia” é uma metáfora para estar no limite, estar de saco cheio. “Eu tô por aqui!”, sabe? Outra expressão francesa com o mesmo significado é “La goutte d’eau qui fait déborder le vase” – a gota d’água que fez o vaso transbordar ou “essa foi a gota d'água”.

Ah, e não podemos esquecer de “être au bout du rouleau”, que significa “estar por um fio”.

Qui sème le vent récolte la tempête”

Quem semeia o vento recolhe a tempestade”, ou seja, “você colhe aquilo que planta”.

Les cordonniers sont les plus mal chaussés”

Os sapateiros têm os piores sapatos”. É aquela pessoa que nunca se coloca como prioridade. Ela cuida muito mais de seus entes queridos, até mesmo desconhecidos, do que si mesma.

C’est l’hôpital qui se moque de la charité”

A tradução literal “o hospital que tira sarro da caridade” quer dizer “o sujo falando do mal lavado” ou “é tudo areia do mesmo saco”.

Filer à l’anglaise”

Ambas as expressões “sair à inglesa” e “sair a francesa” foram criadas para o mesmo objetivo: tirar sarro do oponente de guerra. Não se sabe ao certo quando elas surgiram, mas imagina-se que foi em em uma das inúmeras batalhas travadas entre franceses e ingleses.

Em um contexto militar, sair de fininho refere-se a soldados que desistem de seus postos em segredo, por baixo dos panos. Já em situações sociais, significa ir embora sem se despedir das pessoas.

Se prendre un vent”

Para os franceses, “tomar um ar” nem sempre tem uma conotação positiva. Em alguns casos principalmente românticos, você toma um vento quando é ignorado pelo seu ou sua paquera. É um jeito mais bonito de dizer que você ficou no vácuo.

Poser un lapin”

A expressão francesa “colocar um coelho” foi criada no século XIX quando alguém não pagava o que devia. Hoje em dia, a expressão é usada quando alguém marca um compromisso e não aparece, dá “um bolo”.

Gírias em francês para situações informais

Além de suas expressões e ditados populares, todo país tem suas gírias, não é mesmo? E a França particularmente tem um grupo de gírias muito peculiar, conhecido como verlan – a linguagem “espelhada”. Tanto que, o próprio nome “verlan” é (praticamente) contrário de "l' envers", que significa “de cabeça para baixo”.

Esse dialeto espelhado era muito utilizado pela periferia francesa como uma forma de se comunicar secretamente. Contudo, diretores de cinema, cantores e a mídia no geral apropriaram-se do verlan e logo ele se popularizou. Vamos ver alguns exemplos?

  • “Cimer” = “merci” (obrigado);
  • “Chelou” = “louche” (maluco);
  • “Stromae” = “maestro”;
  • Chanmé = méchant (muito legal);
  • Zicmu = musique (musica).

Há também outra categoria de gírias, chamadas de argots. Assim como o verlan, ela era mais utilizada na periferia, como forma de criar uma identidade e comunicação próprias, mas acabou se popularizando com o tempo.

  • Balec: tanto faz;
  • Passer crème: é fácil;
  • Se casser: ir embora;
  • Être saucé: estar empolgado;
  • S’enjailler: motivar-se;
  • Grailler: comer.


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