Conheça a tecnologia israelense que recuperou mensagens apagadas no caso Henry
Segundo informações, essas tecnologias são vendidas apenas para autoridades policiais
A Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou que fez uso de um programa de computador para conseguir recuperar mensagens apagadas dos celulares de Dr. Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, encontrado morto dentro do apartamento deles no dia 8 de março.
Na manhã desta quinta feira (8), Jairinho e Monique foram presos temporariamente por indícios de homicídio duplamento qualificado – com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima.
De acordo com o delegado Antenor Lopes, diretor o Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), a Polícia utilizou o software israelense Cellebrite Premium e que este "contribuiu de maneira muito importante para a investigação”. Conforme o chefe da Polícia Civil do Rio, a tecnologia foi comprada para auxiliar na investigação do caso Henry Borel.
O programa de computador tem capacidade para desbloquear diversos celulares, recuperando, inclusive, mensagens e dados apagados. Segundo informações, essas tecnologias são vendidas apenas para autoridades políciais.
A companhia responsável pelo programa já ofereceu produtos para a Polícia Federal em investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com as informações passadas pela Polícia, foi possível concluir, através das mensagens de celular, que Jairinho torturava o enteado.
“Nós encontramos no celular da mãe prints de conversa que foram uma prova extremamente relevante, já que são do dia 12 de fevereiro. E o que nos chamou a atenção é que era uma conversa entre a mãe e a babá que revelava uma rotina de violência que o Henry sofria. A babá relata que Henry contou a ela que o padrasto o pegou pelo braço, deu uma rasteira e o chutou. Ficou bastante claro que houve lesão ali. A própria babá fala que o Henry estava mancando", disse o delegado Henrique Damasceno.