Adidas e Ford aderem boicote de publicidade nas redes sociais
Segundo o Business Insider, o boicote já impactou em cerca de US$ 60 bilhões o valor de mercado do Facebook
As multinacionais Adidas e Ford anunciaram nessa segunda-feira (29) que aderiram ao boicote de publicidade em redes sociais. A Adidas comunicou que deixará de anunciar no Facebook e no Instagram em julho.
No mesmo período, a Ford afirmou que também não anunciará no YouTube e o Twitter, além do Facebook e do Instagram. A fábrica ainda está avaliando se a medida valerá para as marcas na Europa e na América do Sul.
As empresas agora fazem parte de uma lista de companhias que já anunciaram que deixarão de promover anúncios publicitários nas redes sociais. Unilever, Coca-Cola, Honda, Starbucks, Levi's e Diageo são algumas das marcas que já participam do boicote.
As decisões da Coca-Cola e da Diageo incluem o Brasil.
#StopHateForProfit
"Não há lugar para o racismo no mundo e não há lugar para o racismo nas redes sociais", disse James Quincey, diretor-executivo da Coca-Cola Company, em comunicado. O executivo explicou que a decisão servirá para a empresa "fazer um balanço sobre (suas) estratégias publicitárias e ver se precisa revisá-las".
A decisão, pelo menos por enquanto, não significa a adesão da Coca-Cola ao movimento Stop Hate For Profit (pare de dar lucro ao ódio, em tradução livre), lançado por seis grupos norte-americanos de direitos civis. Mais de 150 empresas já se juntaram à iniciativa até agora.
O movimento exige que o Facebook seja "menos complacente" com mensagens de ódios publicadas na plataforma. A plataforma gera 98% de sua receita por meio de anúncios. A companhia recebeu US$ 17,4 bilhões em publicidade apenas no primeiro trimestre de 2020. Segundo o Business Insider, o boicote já impactou em cerca de US$ 60 bilhões o valor de mercado do Facebook, em apenas 2 dias.
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Com informações de UOL