Mãe de Miguel pede fim de vaquinha online: "só quero justiça"

A mãe de Miguel Otávio, de 5 anos, Mirtes Renata, agradeceu todo o apoio de que têm recebido por meio das redes sociais. Contudo, ela pediu que uma vaquinha virtual que arrecadou donativas para ela fosse encerrada. A iniciativa foi de colegas do grupo Coiotes Corredores, mas teve repercussão nacional.

"Não tenho mais emprego e não sei como vai ser daqui por diante. Achei que isso seria uma ajuda da minha equipe. Mas acabou se tornando uma coisa nacional. Então pedi para encerrar essa história de vaquinha virtual. Saibam que ninguém agiu de má fé, só quiseram me ajudar. Então, por favor, não façam nada de mal com ele (o administrador do grupo Coiotes Corredores), parem de mandar mensagem agredindo ele e ameaçando ele de morte", declarou à TV Globo.

"Agradeço a todos, de coração mesmo. Mas não depositem mais nada, pelo amor de Deus. Só quero justiça pelo meu filho. A única coisa que peço é que orem por mim e por minha família para que a gente possa lutar e fazer justiça", disse.

Miguel faleceu na última terça-feira (2), depois de cair do 9º andar de um prédio de luxo, em Recife. Ele tinha acompanhado a mãe, que é empregada doméstica, ao trabalho no apartamento dos patrões porque as creches no Recife estão fechadas por causa da pandemia da Covid-19.

Mirtes precisou descer para passear com o cachorro da patroa, Sarí Corte Real, e deixou o filho com ela. A criança começou a chorar enquanto a patroa fazia as unhas com uma manicure, e ela o colocou sozinho dentro do elevador do prédio para buscar a mãe.

Sarí chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar fiança de R$ 20 mil.

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