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Celular e outras máquinas do dia a dia podem propagar coronavírus; entenda

Os celulares, em sua maioria fabricados com plásticos, podem carregar partículas do novo coronavírus por mais de quatro dias.

Por Redação T5 Publicado em
Imagem coronavirus

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma pessoa toca o celular, em média, 2.600 vezes por dia, segundo um estudo feito pela Dscout Research. Os celulares, em sua maioria fabricados com plásticos, podem carregar partículas do novo coronavírus por mais de quatro dias.

A cada hora que passa, o número de partículas cai e a chance de infecção diminui. Entretanto, a cada novo toque no aparelho por uma pessoa infectada, é possível que o cronômetro da meia-vida do vírus volte ao ponto de partida.

O biomédico Roberto Figueiredo, que ficou mais conhecido como Dr. Bactéria, recomenda o uso de álcool isopropílico para higienizar aparelhos eletrônicos, como os celulares, mouses e teclados. Esse tipo de álcool pode ser encontrado em lojas de aparelhos eletrônicos.

"O álcool em gel não é recomendado porque ele contém água, isso pode danificar os produtos. Você deve umedecer um pano com álcool isopropílico -cuidado para não encharcar- e passar sobre o objeto uma vez por semana, é um procedimento rápido", diz.

Situação similar acontece com objetos feitos de papelão e aço ou ferro. Nos ônibus e trens do metrô, por exemplo, as barras de ferro que servem de apoio podem carregar o vírus. De acordo com um estudo publicado em pré-print na plataforma medRxiv, o novo coronavírus sobrevive até 3,6 dias em aço -tempo que pode ser aplicado também ao ferro.

Outro objeto recorrente no dia a dia é a máquina de passar cartão de débito e crédito -e o próprio cartão- que também é feita de plástico e passa por dezenas de mãos todos os dias.

Mas afinal, o que fazer para se proteger em casos nos quais o objeto é de uso coletivo?

De acordo com a professora de infectologia da Unifesp Sandra de Oliveira Campos, o ideal é higienizar as mãos logo após usar a máquina ou chegar em casa depois de utilizar transporte público, lavando as mãos com água e sabão, se possível, ou utilizando álcool em gel.

Apesar disso, Campos diz que a melhor prevenção contínua sendo evitar compartilhar objetos pessoais e ter uma boa higiene das mãos.
"O melhor dos casos é não compartilhar canetas, celulares e outros objetos do tipo. Se apenas você usa o teclado, não há necessidade de limpar o objeto o tempo todo se você lava as mãos. Se mais pessoas utilizam os objetos, o ideal é limpar pelo menos uma vez por dia", afirma.

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