Mulher que diz ter sido estuprada por Trump pede amostra de DNA
O episódio aconteceu na década de 1990
Os advogados de uma mulher que acusa o Presidente dos EUA, Donald Trump, de a ter estuprado na década de 1990 pediram uma amostra de DNA para determinar prova do crime, segundo a agência Associated Press. Os advogados da colunista E. Jean Carroll solicitaram hoje aos advogados de Trump para enviarem uma amostra de DNA do Presidente, para determinar se o material genético dele é igual ao que foi encontrado num vestido que ela usou durante um encontro.
Carroll apresentou um processo de difamação contra Trump, em novembro, depois de o Presidente ter negado as alegações de estupro da colunista.
Um relatório laboratorial diz que nas mangas de um vestido de Carroll foi encontrada uma mistura de material genético de pelo menos quatro pessoas, sendo pelo menos um deles do sexo masculino.
De acordo com um relatório a que a agência Associated Press teve acesso, várias outras pessoas foram testadas e eliminadas de hipótese, como possíveis contribuintes para a mistura genética.
Os advogados de Carroll querem agora determinar se o material genético de Trump está presente no vestido que foi usado na tarde em que a alegada violação se consumou.
O pedido dos advogados terá agora de ser avaliado por um tribunal, que determinará se ele deve ser executado pelo Presidente.
No verão passado, Carroll acusou Trump de a ter estuprado no camarim de um departamento comercial de luxo em Nova York, nos anos 1990.
Num artigo publicado pela revista New York, em junho, e num livro publicado no mês seguinte, Carroll revelou que ela e Trump se conheceram por acaso, conversaram e foram a uma loja de roupa feminina, para que o empresário escolhesse um presente para uma mulher.
Em tom de brincadeira, Carroll disse que queria experimentar uma peça de roupa e ambos terminaram num camarim, onde ela acusa Trump de ter enfiado a mão por debaixo do vestido de lã preta, tendo tirado a sua meia-calça e a estuprado, enquanto ela se debatia, tendo conseguido escapar ao fim de algum tempo.
"O vestido Donna Karan ainda está pendurado na parte de trás da porta do meu armário, sem uso e sem ser lavado, desde aquela tarde", escreveu a colunista no artigo da revista, ilustrado por uma foto em que aparece usando esse vestido. Trump acusou Carroll de "mentir totalmente" e disse que nunca tinha conhecido essa mulher.
Contudo, uma foto de 1987 mostra Trump ao lado de Carroll, ambos acompanhados dos seus cônjuges à época.
"Ela está tentando vender um livro. Essa é sua motivação", disse Trump mais tarde, numa declaração sobre o assunto, dizendo que a obra deveria ser colocada nas prateleiras de ficção.
Em novembro, Carroll processou o Presidente por difamação, dizendo que ele estava danificando a sua imagem e a sua carreira como colunista na revista Ele, ao chamá-la de mentirosa.
"O DNA masculino não identificado no vestido pode provar que Donald Trump não apenas sabe quem eu sou, mas também que ele me agrediu violentamente num camarim da (loja) Bergdorf Goodman e depois me difamou por mentir", disse Carrol, num comunicado divulgado hoje.
Assim, os advogados da colunista pedem agora uma amostra de saliva do Presidente, para testar o seu DNA.
Um outro Presidente, Bill Clinton, já enfrentou um teste de DNA no vestido de uma mulher, num caso que esteve na origem de um processo de 'impeachment', em 1998, do qual foi ilibado no julgamento político no Senado.
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