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João de Deus é sentenciado a 19 anos de prisão

A sentença, da juíza Rosângela Rodrigues, da comarca do município, é a primeira a ser aplicada por causa das denúncias de violência sexual.

Por Redação T5 Publicado em
JOAO DE DEUS 12 12 2018
Foto: Reprodução / Twitter

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, foi condenado nesta quinta (19) a 19 anos e quatro meses de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado, por abusos sexuais cometidos contra quatro frequentadoras da Casa Dom Inácio de Loyola, espécie de hospital espiritual que mantinha em Abadiânia (GO).

A sentença, da juíza Rosângela Rodrigues, da comarca do município, é a primeira a ser aplicada por causa das denúncias de violência sexual.

Ela se refere à primeira denúncia, apresentada pelo Ministério Público de Goiás e recebida pela Justiça em janeiro de 2018.

Das quatro mulheres citadas na ação, segundo a acusação, duas foram vítimas de estupro de vulnerável e duas de violação sexual mediante fraude. As informações foram apresentadas pelo Tribunal de Justiça de Goiás. João de Deus ainda responde a mais dez ações penais por crimes contra mulheres, uma delas já conclusa para sentença.Ele já havia sido condenado, mas por posse ilegal de arma.

O médium já havia sido condenado antes, mas por posse ilegal de arma de fogo.
Procurado pela reportagem, o advogado do médium, Marcos Lara, informou que ainda não leu a decisão e que o fará antes de se manifestar.

João de Deus está preso desde dezembro do ano passado no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

O caso veio à tona no dia 7 daquele mês, quando o programa Conversa com Bial, da TV Globo, mostrou entrevistas de mulheres que alegaram ter sofrido abusos no hospital espiritual.

O Ministério Público de Goiás divulgou um e-mail para receber denúncias de eventuais vítimas.

Até hoje, mais de 350 relatos de crimes sexuais foram recebidos pelas autoridades.

A maioria das mulheres contou que o médium as chamava para um atendimento individualizado, num cômodo nos fundos da casa dom Inácio, local em que teriam ocorrido as violações.

Há casos relatados de 1973 ao ano passado. João de Deus sempre negou as acusações, por meio de sua defesa.

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