Irã anuncia que vai acelerar o enriquecimento de urânio
O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa do porta-voz da Organização Iraniana de Energia Atômica, Behruz Kamalvandi e os 5% são acima do permitido por acordo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Irã indicou neste sábado (9) que está enriquecendo urânio a 5%, poucos dias depois de ter retomado este processo em uma usina subterrânea no distrito de Fordo. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa do porta-voz da Organização Iraniana de Energia Atômica, Behruz Kamalvandi.
O acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano assinado em 2015 limita o enriquecimento de urânio com isótopos 235 a um máximo de 3,67%. Ainda segundo o texto, o país não tinha direito de realizar atividades de enriquecimento em Fordo, uma usina subterrânea que, durante muito tempo, foi mantida em segredo.
+ Sotaque de apresentadora paraibana na bancada do JN repercute nas redes sociais
+ Hotel do jogador Hulk, em João Pessoa, terá 124 suítes; veja imagens
+ Vídeo: Luciano Huck se pronuncia sobre o avião dele ter sido usado por Lula
+ João Pessoa tem 354 vagas de emprego nesta semana; veja a lista
Siga nosso Instagram e Facebook e fique bem informado!
Adicione nosso WhatsApp: (83) 9 9142-9330.
Teerã retomou na quinta (7) as atividades de enriquecimento na usina e indicou que suas centrifugadoras aumentariam progressivamente sua potência.
O porta-voz da organização afirmou ainda que o Irã tem a "capacidade de produzir a 5%, 20%, 60% ou qualquer outra porcentagem".
A taxa de 5% é inferior à de 20% de enriquecimento que o Irã chegou a produzir e está longe da de 90% necessária para a fabricação de uma bomba atômica.
O anúncio iraniano da retomada das atividades em Fordo gerou preocupação da França, Reino Unido e Alemanha, signatários do Acordo de Viena, que pediram a Teerã que reconsidere sua decisão.
A retomada deste nível de enriquecimento é a quarta fase do plano de redução dos compromissos iranianos lançado em maio, em resposta ao restabelecimento das sanções dos Estados Unidos, que em 2018 se retirou unilateralmente do acordo internacional.
Em virtude deste pacto, Teerã se comprometia a não desenvolver armas nucleares e havia aceitado reduzir drasticamente suas atividades nucleares em troca da suspensão de parte das sanções econômicas que asfixiam sua economia.