Veterinária desmente Luisa Mell em publicação e ganha apoio de famosos
Ana Lucia Mendes Coelho, que diz ser veterinária e alega ter acompanhado de perto o caso, resolveu se pronunciar na publicação e desmentir a ativista.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Luisa Mell, 41, compartilhou em suas redes sociais nesta sexta-feira (25) a foto de um cachorro sem as patas traseiras com as orelhas cortadas e contou que ele havia sido amputado em um ritual religioso. Ana Lucia Mendes Coelho, que diz ser veterinária e alega ter acompanhado de perto o caso, resolveu se pronunciar na publicação e desmentir a ativista.
"Ai Luisa Mel... você é cômica e uma sensacionalista de quinta! Tenha respeito. Em primeiro lugar é uma fêmea e estava em tratamento em uma clínica veterinária após ter sido atropelada. Infelizmente teve trombo e perdeu as extremidades. A tutora pobre decidiu pedir ajuda e a funcionária da clínica levou até você. Não foi um resgate seu, foi uma ajuda sua! Por isso, não acreditem em tudo", escreveu.
Ao ser perguntada sobre como conseguiu essas informações, Coelho respondeu: "presenciei o atendimento desta cachorrinha na clínica, inclusive esta foto é da clínica! Sou veterinária e fizemos um corpo clínico para este caso".
Em seu Instagram, Mell esclareceu o caso em uma nova publicação. No vídeo, uma veterinária do Instituto Luisa Mell explicou que os cortes nas orelhas e patas não são de atropelamento, pois são extremamente precisos.
"Sou veterinária há sete anos e nunca vi um atropelamento que causasse apenas lesões nas patas traseiras, ponta das orelhas e ponta do rabo. Ela não tem nenhum outro tipo de lesão ou fratura", afirmou.
A ativista também explicou como recebeu o pedido de ajuda ao animal, que veio por e-mail de uma protetora já conhecida de Mell.
"Ela nos contou a terrível maldade que aconteceu com esta cachorra. Foi usada em ritual macabro. Nosso corpo de veterinários confirmou que não poderia ser atropelamento! Que eram lesões propositais! Nós resgatamos animais atropelados toda semana, temos bastante experiência no assunto. Esta cachorra está conosco, sendo tratada! Por causa de uma pessoa que diz que está com a cachorra e que ela foi atropelada dezenas de pessoas estão tentando destruir com nosso sério e importante trabalho! Peço que esta pessoa que diz que é a veterinária responsável pelo caso se apresente com nome e telefone para que possamos confrontar as informações", escreveu.
Luisa Mell disse, ainda, que desde os 1.700 animais em condições precárias que resgatou no início do ano, sofre ataques de criadores e pessoas que têm os negócios ameaçados por ela.
"Todo dia outra mentira é lançada sobre meu trabalho... minha idoneidade! Mas a verdade sempre se impõe! Já passei tantas vezes por isso... espero que não consigam prejudicar tantos animais que salvamos graças ao apoio de todos vocês", disse.
ENTENDA O CASO
Luisa Mell compartilhou em suas redes sociais um texto junto da foto do animal com os membros traseiros amputados e as orelhas cortadas. Ela escreveu que conseguiu "fazer seu resgate antes de seu 'sacrifício final' e ele está conosco agora" e que o motivo dos cortes tanto nas patas, quanto nas orelhas do cachorro era "em nome de uma religião, de uma crença, em um ritual".
"Não entendo por que ele tem que pagar com seu corpo, com seu sofrimento, a crença alheia. O que ele fez a esse deus para que lhe causassem tanto sofrimento, tanta dor? Nunca, nunca vou entender. Nunca irei concordar. Minha religião sempre foi e sempre será meus atos. Ele está medicado, vai passar por cirurgia e precisaremos criar próteses para ele", completou.
Muitos famosos se compadeceram da situação do animal. Fernanda Paes Leme, que inicialmente saiu em defesa do cachorro, se retratou na própria publicação. A atriz havia escrito um comentário oferecendo ajuda à ativista, mas se arrependeu em seguida, após ler o relato da veterinária.
"Comentei o post impactada pela foto, sem nem ler e isso é um erro. Mas percebi agora o quanto o texto é equivocado, mais uma vez fazendo a ligação entre religião com crueldade aos animais, sabendo que isso reforça estereótipos de preconceito que só aumentam ódio e racismo contra pessoas que querem exercer sua fé. Vários relatos aqui sobre o cachorro ter sido atropelado, o que causou uma trombose. Com tantas fakenews e ódio, é preciso buscar descobrir o que realmente aconteceu, Luisa", escreveu, por fim, a artista.
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