'Ejaculação precoce', Doria não tem chance, diz Bolsonaro
Bolsonaro afirmou ainda que está disposto a concorrer à reeleição. "Pretendo sim, se estiver bem lá", disse.
SÉRGIO DÁVILA E LEANDRO COLON
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que o governador paulista, João Doria (PSDB), não tem chance nas eleições presidenciais de 2022 porque é uma "ejaculação precoce".
Na avaliação de Bolsonaro, Doria deveria pensar "talvez" somente nas eleições de 2026. "Ele não tem apoio popular", disse nesta terça (3), em um café da manhã com jornalistas da Folha de S.Paulo no Palácio do Alvorada.
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Bolsonaro afirmou ainda que está disposto a concorrer à reeleição. "Pretendo sim, se estiver bem lá", disse.
No sábado (31), em uma conversa com jornalistas, o presidente afirmou que Doria está "morto" para 2022. Dois dias antes, acusou o tucano de ter "mamado nas tetas do BNDES" no governo do PT, em referência à compra de jatinho a juros subsidiados do banco. Doria rebateu afirmando que nunca precisou mamar em "teta nenhuma".
No café da manhã, o presidente reclamou da cobertura da imprensa e criticou as reportagens sobre a avó da primeira-dama, Michelle.
A Folha de S.Paulo publicou que Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78, passou mais de dois dias aguardando atendimento deitada em uma maca no corredor de um hospital na periferia do Distrito Federal.
Ela foi transferida e submetida a uma cirurgia de urgência após o governo do Distrito Federal ser procurado pela reportagem.
Outros veículos publicaram que ela foi presa por tráfico de drogas e que dois tios maternos enfrentam problemas com a polícia.
Bolsonaro sugeriu que os jornais criem uma página fixa de notícias positivas sobre o Brasil.
Participaram da conversa, além dele, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência, Fábio Wajngarten, e o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP). O encontro ocorreu das 7h40 às 9h10.
O presidente comeu pão com manteiga, cuscuz e ovo mexido e bebeu café com leite.
Bolsonaro brincou com a Folha de S.Paulo dizendo que colocaria estricnina no café dos representantes do jornal.
Em rápida entrevista aos jornalistas na porta do Alvorada, Bolsonaro comentou o encontro: "Quem foi que pediu para mim um café da manhã? Foi o Marco Feliciano, né? Fala, Marcão. Fala aí, Marcão. Por que você convidou os caras, aí, Marcão? Conta aí".
"Só uma reunião institucional para o presidente conversar com o pessoal de imprensa. Vocês são tão amáveis com ele. Foi muito interessante", ironizou o deputado.
Bolsonaro afirmou que não tem nada contra bater um papo com a imprensa. "Combinamos, logicamente, eu falo às vezes algumas palavras meio fortes, palavrões, não publicar nada. Acreditei na Folha, hein, que não vai ter nenhum palavrão amanhã, valeu!."