Bolsonaro tem quadro clínico estável após 5 horas de cirurgia
A partir desta segunda-feira (9), o presidente passa a ter uma dieta com líquidos.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A quarta cirurgia do presidente Jair Bolsonaro após o atentado a faca foi concluída às 12h40 deste domingo (8), após cinco horas de procedimento.
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A operação estava marcada para as 7h, mas começou às 7h35. Segundo boletim médico assinado pelo cirurgião Antônio Macedo, o procedimento foi bem-sucedido e o presidente apresenta quadro clínico estável.
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O senador Flavio Bolsonoaro (PSL-RJ), filho do presidente que chegou na manhã deste domingo ao hospital junto com seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), publicou em rede social que seu pai "ja está no quarto, disposto e bem-humorado".
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A alta clínica do presidente, segundo o médico, é esperada para ocorrer em cinco ou seis dias. No entanto, ele só poderá voltar a Brasília, se não houver complicações, entre o sétimo e décimo dia.
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Bolsonaro foi internado na noite deste sábado (7), no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, para corrigir uma hérnia que surgiu na região onde foram feitas três operações desde o ataque de setembro de 2018.
A cirurgia estava prevista para demorar aproximadamente duas horas, mas levou mais tempo porque foram encontradas aderências no intestino. O procedimento é considerado de média complexidade.
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"Normalmente uma hérnia não demora tudo isso que demorou, mas a gente não contava que tinha aderido tudo de novo em relação à cirurgia de 28 de janeiro", afirmou o médico, em referência à data da operação de retirada da bolsa de colostomia.
Macedo não descarta a possibilidade de que surjam novas hérnias no futuro, mas as chances são pequenas, de aproximadamente 6%, segundo ele.
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A partir dessa segunda, o presidente passa a ter uma dieta com líquidos.
Por causa da cirurgia, o vice-presidente Hamilton Mourão ficará até a quinta-feira (12) à frente da Presidência da República. Depois, Bolsonaro poderá despachar do próprio hospital.
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"A estrutura do hospital é excepcional, nós temos condições de proporcionar ao presidente o despacho normal, não obstante as questões procedimentais-médicas que vão exigir o descanso do presidente", disse o porta-voz da Presidência, general Rêgo Barros.
O presidente, por enquanto, terá visitas restritas -não há proibição, mas seus auxiliares afirmam que tentarão evitá-las.
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Bolsonaro chegou ao hospital neste sábado acompanhado pela primeira-dama Michelle e por seu filho Carlos (PSC), vereador do Rio de Janeiro, sem falar com a imprensa.
Carlos, Eduardo e a primeira-dama assistiram à cirurgia de uma sala lateral, por meio de um vidro.
Nas redes sociais, antes de ser operado, o presidente publicou que seguia "confiante para a próxima cirurgia".
Bolsonaro quer estar com a saúde restabelecida a tempo de discursar na Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro, em Nova York. Ele falou que vai comparecer "nem que seja de cadeira de rodas, de maca".
O surgimento da chamada hérnia incisional já era esperado pelos médicos que atendem o presidente, em razão da série de intervenções feitas na região da barriga do paciente para tratar os danos provocados pelo ataque.
O médico Antônio Macedo tem tratado do presidente desde o esfaqueamento.
O então presidenciável foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O autor do crime está preso desde então.
A hérnia ocorreu porque, em virtude do enfraquecimento da parede muscular do abdômen, uma parte do intestino passou por uma cavidade desse tecido.
As múltiplas incisões (cortes) na barriga fragilizaram o músculo, o que fez com que a porção do órgão e uma camada de gordura rompessem a membrana.
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