Twitter bane contas que espalhavam fake news na Arábia Saudita, Espanha e Equador
Esses perfis são acusados de espalhar informações falsas (fake news), manipular hashtags e encaminhar conteúdos de maneira intensa e indesejada (spam).
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Twitter informou nesta sexta-feira (20) que cancelou milhares de contas em vários países por divulgarem notícias falsas e propagandas a favor de governos, em lugares como Emirados Árabes Unidos, China, Equador e Espanha. "De acordo com nossa política sobre a manipulação em nossa plataforma, suspendemos permanentemente todas essas contas", anunciou o Twitter. A rede social publicou relatórios que detalham as atividades das contas canceladas.
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Esses perfis são acusados de espalhar informações falsas (fake news), manipular hashtags e encaminhar conteúdos de maneira intensa e indesejada (spam).
A lista inclui 1.019 cadastros do Equador -a maioria falsos- vinculados ao partido governista Alianza País, que "disseminaram principalmente conteúdo sobre a administração do presidente Lenín Moreno, concentrando-se em questões relacionadas às leis sobre liberdade de expressão, censura, governo e tecnologia", afirmou a rede social.
Há também dados sobre 4.302 contas falsas usadas para semear discórdia sobre a onda de protestos em Hong Kong.
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Os manifestantes questionam políticas do governo da China e pedem maior independência para a cidade, que possui regras especiais em relação ao resto do país.
Também foram eliminadas 259 contas da Espanha, usadas pelo PP (Partido Popular, de direita), que em 2018 deixou de ser governo e se tornou oposição. O Facebook também removeu 65 perfis, além de outras 35 contas no Instagram, usadas por indivíduos ligados ao PP, após um alerta dado pelo Twitter.
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"O PP nunca criou contas falsas porque acredita que as redes sociais só são efetivas quando usadas por voluntários reais em suas próprias contas. Uma outra questão é o que usuários de redes sociais fazem, sob sua própria responsabilidade, quando interagem com nossas contas do partido", disse a legenda, em comunicado.
No Oriente Médio, cerca de 4.500 perfis sediados nos Emirados Árabes Unidos e no Egito foram apontados como parte de uma operação de ataque contra o Catar, o Irã e o Iêmen.
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Estes canais eram usados para espalhar informações falsas sobre a guerra no Iêmen, onde a Arábia Saudita ajuda militarmente o governo desde 2015 na luta contra os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã.
A lista inclui ainda seis contas vinculadas à mídia estatal da Arábia Saudita que "foram apresentadas como mídia independente e tuitavam favoravelmente sobre o governo daquela nação".
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A conta de Saud al-Cahtani, ex-conselheiro do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman na corte real, foi suspensa por infligir regras de veto à manipulação. Cahtani deixou o cargo há cerca de um ano, após ser apontada sua participação no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, visto pela última vez entrando no consulado saudita em Istambul.
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