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Papa Francisco pede unidade durante visita à Romênia

Trata-se do segundo dia da viagem do papa, que ocorre em um momento de incerteza política no antigo Estado comunista.

Por Redação T5 Publicado em
Papa Francisco Foto Giuseppe Ciccia Brazil Photo Press Folhapress
Foto: Giuseppe Ciccia/ Brazil Photo Press/ FolhaPress

O papa Francisco pediu nesse sábado (1º) que a Romênia transforme "os velhos e atuais rancores" em "novas oportunidades de comunhão", durante a missa que celebrou no santuário mariano de Sumuleu-Ciuc, na cidade de Miercurea Ciuc, um dos mais importantes para a minoria católica no país.

Trata-se do segundo dia da viagem do papa, que ocorre em um momento de incerteza política no antigo Estado comunista, dias depois de o mais poderoso político do país, Liviu Dragnea, ser preso por suborno. A última visita papal à Romênia (e também a primeira a um país de maioria ortodoxa cristã) foi em 1999, feita por João Paulo II.

Francisco lançou uma mensagem de união entre as diferentes identidades sociais e religiosas do país e fez a primeira visita de um papa à região da Transilvânia, onde se concentra grande parte dos católicos e romenos húngaros.

Numa esplanada próxima ao santuário, o pontífice, de 82 anos, lembrou em sua homilia que a peregrinação ao templo representa um povo "cuja riqueza são os seus mil rostos, culturas, línguas e tradições". Por essa razão, pediu: "Não nos deixemos roubar a fraternidade pelas vozes e as feridas que alimentam a divisão e a fragmentação."

"Os complexos e tristes eventos do passado não devem ser esquecidos ou negados, mas também não podem constituir um obstáculo ou motivo para impedir uma desejada convivência fraterna", aconselhou.

Estavam presentes à missa a primeira-ministra da Romênia, Viorica Dancila, e o presidente da Hungria, János Áder, devido à grande presença de romenos de etnia húngara na Transilvânia, que pertenceu ao Império Austro-Húngaro até sua desintegração, após a Primeira Guerra Mundial.

O santuário mariano de Sumuleu-Ciuc, de estilo barroco e situado num mosteiro franciscano, é destino histórico de peregrinação para os católicos de etnia e língua húngara da Romênia e de outros países. Neste domingo, Francisco beatificará, como mártires, sete bispos torturados pelo regime comunista e mortos na prisão.

Agência Brasil



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