Suspeito de saber informações sobre Nicolás Maduro, ex-chefe militar de inteligência venezuelana é preso na Espanha
Os EUA exaltaram a possível colaboração do ex-general como sendo um potencial avanço na luta contra Maduro.
Hugo Carvajal, ex-chefe militar de inteligência venezuelana, foi preso preventivamente nesta sexta-feira (12). A ordem foi dada pelo Tribunal Supremo da Espanha. O governo norte-americano acredita que o ex-chavista possua informações valiosas sobre o presidente Nicolás Maduro. Hugo ficará preso até que seja proferida uma decisão sobre um pedido de extradição feito pelos Estados Unidos, disse um porta-voz da corte.
Ele é ex-general e aliado próximo ao antigo líder venezuelano Hugo Chávez. Sua ordem de prisão se deu em função de um mandado emitido pelos EUA por acusações de tráfico de drogas, feitas em 2011 e reveladas em 2014.
Após a prisão de Carvajal, os EUA exaltaram na sexta-feira (12) a possível colaboração do ex-general como sendo um potencial avanço na luta contra Maduro, que ainda mantém o controle sobre a maior parte das Forças Armadas e da máquina estatal venezuelanas.
Durante uma audiência, Carvajal negou ter ligações com o tráfico de drogas e o grupo rebelde colombiano Farc. Ele se defendeu contra sua possível extradição para os EUA, disse o porta-voz.
Ele deve contestar o pedido de extradição dos EUA argumentando ter laços na Espanha, onde sua família hoje reside desde antes de ele chegar.
Carvajal deixou a Venezuela há um mês, tendo viajado de barco por 16 horas até chegar à República Dominicana e então embarcar num voo para Madri, disse ele ao Tribunal.