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1º de abril

Mitomania: saiba mais sobre a mentira patológica

Especialista explica que mesmo sendo enxergada como brincadeira, a doença existe e possui tratamento

Por Redação T5 Publicado em
Mitomania
© iStock

O dia 1º de abril é conhecido como o Dia da Mentira, ocasião em que pessoas pregam “peças” e inventam histórias entre amigos. A verdade é que, todo mundo mente para evitar situações constrangedoras ou até mesmo para agradar alguém, e essas pequenas mentiras fazem com que a prática seja socialmente aceita.

A partir do momento em que as invenções se tornam permanentes e o indivíduo passa a vivenciá-las, a situação pode se reverter para um transtorno chamado mitomania.

De acordo com a psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde, a mitomania é um quadro psiquiátrico, e pessoas próximas devem fazer o alerta, já que muitos que possuem a doença não estão cientes de suas criações.

“O distúrbio envolve uma mania por mentiras, mesmo que não haja necessidade alguma. Semelhante ao quadro compulsivo, o sujeito, na maioria das vezes, não percebe que está mentindo”, explica.

O hábito obsessivo e excessivo se difere da prática consciente. “O mentiroso compulsivo é aquele que sempre cria algo diferente da realidade. E, mesmo diante da verdade, não se convence e cria novas histórias para tentar corrigir o lapso anterior”, descreve a especialista.

O mitomaníaco tem como sintoma, mentir sem necessidade e com objetivos aparentemente supérfluos para enaltecimento próprio, criando ou valorizando excessivamente os fatos.

A especialista ressalta que apesar da mentira não ser levada à sério, a doença existe: “a mitomania pode ser vista até como brincadeira, muitas vezes acaba sendo a marca registrada de alguém, mas, é um transtorno psiquiátrico e deve ser tratado”.

A partir de avaliação clínica é feito o diagnóstico para iniciar o tratamento, e a família e amigos podem contribuir com informações para identificação do problema. O tratamento dependerá do grau da patologia. Na maioria das vezes a psicoterapia pode ser eficiente, porém nos casos graves, recomenda-se o uso de psicotrópicos.



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