Polícia alemã detém ex-presidente da Catalunha
Um juiz espanhol reativou na sexta-feira a ordem europeia de busca e detenção contra o ex-governante catalão
A polícia alemã deteve o ex-presidente da Comunidade Autônoma da Catalunha Carles Puigdemont, foragido da justiça espanhola, quando atravessava de carro a fronteira, vindo da Dinamarca. A informação é da agência EFE.
Segundo seu advogado, Jaume Alonso-Cuevillas, os agentes o pararam por volta das 12h local (7h, em Brasília) em uma estrada rumo a Hamburgo, quando o ex-presidente da Catalunha tentava retornar à Bélgica, onde vive há meses.
Um juiz espanhol reativou na sexta-feira a ordem europeia de busca e detenção contra o ex-governante catalão, após processá-lo por rebelião e desvio de fundos públicos relacionados ao processo de independência iniciado na região espanhola da Catalunha em 2017.
Puigdemont, que vinha da Finlândia, tem residência fixada em Waterloo (Bélgica), para onde se mudou para evitar a ação da Justiça espanhola, após ser destituído pelo Executivo espanhol.
A detenção ocorreu por causa da ordem europeia da justiça espanhola contra Puigdemont, segundo seu advogado.
Na noite de sexta-feira (23), Carles Puigdemont deixou a Finlândia rumo à Bélgica, segundo confirmou o deputado finlandês Mikko Kärnä, um dos seus anfitriões no país nórdico. O catalão tinha passagens de avião para retornar a Bruxelas ontem (24). Com informações de Agência Brasil.
No sábado, o advogado Alonso-Cuevillas tinha garantido que Puigdmeont se apresentaria à Polícia da Finlândia, mas depois afirmou que o político catalão já não estava nesse país nórdico e seguiria "à disposição da Justiça belga".
Puigdemont foi a Helsinque na quinta-feira (22) para participar de uma conferência e estava sendo procurado desde ontem pelas autoridades finlandesas.
Alonso-Cuevillas está entrando em contato com advogados alemães para organizar a assistência jurídica do ex-presidente catalão.
O Executivo espanhol, amparado na Constituição, destituiu Puigdemont e todos seus conselheiros em 27 de outubro de 2017, depois que o Parlamento catalão aprovou uma declaração a favor da independência.