Treino em jejum pode reduzir rendimento em 80%, diz especialista
A prática só é recomendada para casos muito específicos
Nos últimos anos, a prática de treinar em jejum tem se popularizado entre aqueles que fazem exercício. Muitos vêem nesta abstinência de alimento uma possibilidade de queimar gordura mais facilmente, já que os níveis de glicogênio, ou seja, os carboidratos armazenados nos músculos e no fígado, estão mais baixos, o que pode ajudar a queimar a gordura, à medida que o corpo a utiliza como fonte de energia. Contudo, não há uma base científica para esta conclusão.
Segundo especialistas da American Academy of Sports Dietitians & Nutritionists, treinar em jejum pode ser prejudicial para a saúde. Sendo recomendado apenas para casos muito específicos como para atletas de alta competição.
Não havendo gorduras presentes para alimentar as necessidades do corpo, o organismo vai acabar se alimentando dos próprios músculos, levando o atleta a experienciar quebras de tensão, resultando ainda no enfraquecimento do sistema imunológico.
De acordo com as informações que se podem ler no site da organização norte-americana, "não há garantias que o corpo use a gordura como combustível. O organismo vai simplesmente entrar em modo de sobrevivência e tentar preservar ao máximo essa gordura, ou seja, a longo prazo poderá ter o efeito inverso e dificultar a perda de peso".
"As consequências não são fatais, mas esta é uma situação que enfraquece o sistema imunológico devido à falta de nutrientes".
Ao fazer exercício nestas circunstâncias o atleta não conseguirá alcançar um rendimento sequer de 80% e ainda corre o risco de desmaiar.
Caso ainda esteja indeciso, o melhor é consultar um médico especialista ou um nutricionista antes de iniciar o treino.