Cientista acha rastros de dinossauros em estacionamento da NASA
Tal descoberta seria uma das primeiras evidências da interação entre dinossauros e pequenos mamíferos há 100 milhões de anos
Um cientista descobriu pegadas de dinossauros em um estacionamento da NASA, agência espacial norte-americana. A suspeita inicial teria ocorrido em 2012, quando Ray Stanford se deparou com um pedaço de pedra saindo do asfalto reservado ao estacionamento dos carros no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano de Maryland. Nos últimos anos, ao analisar a descoberta ele acabou encontrando diversas outras pegadas de mamíferos e dinossauros deixadas pelo menos 100 milhões de anos atrás.
Foi examinada uma amostra de 2,4 metros de largura, com cerca de 70 pegadas de oito espécies, de pequenos mamíferos e dinossauros gigantescos. Tal descoberta - divulgada em estudos do Scientific Reports e por pesquisadores da Universidade do Colorado, em Denver, e do Museu de História Natural Smithsonian - seria uma das primeiras evidências da interação dessas duas classes de animais no passado.
Segundo os especialistas, a região que hoje serve como estacionamento pode ter sido um pântano onde as espécies deixaram as suas marcas no passado. "A concentração de pegadas de mamíferos nesse local é de uma magnitude bem maior do que qualquer outro lugar do mundo", disse Martin Lockley, paleontólogo da Universidade do Colorado em Denver, em anúncio reproduzido pela Galileu.
As pegadas analisadas revelaram que alguns dinossauros passaram pelo local acompanhados por um filhote da espécie, o que levou os cientistas a concluir que estavam andando juntos. Os rastros indicavam animais das espécies saurópodes, terópodas, dinossauros carnívoras (parecidos com o velociraptor), T-rex e pterossauros.
Os mamíferos pequenos, por sua vez, seriam da estatura de esquilos e cachorros, supostamente viajando em busca de vermes e larvas para a alimentação. Conforme relataram os estudiosos, eles também estariam fugindo das espécies carnívoras de dinossauros.
"É como uma máquina do tempo", avaliou o cientista Ray Stanford. "Podemos ter uma noção de como foram alguns dias de atividade desses animais. Vemos a interação e como passaram uns pelos outros. Isso vai nos permitir analisar melhor os primórdios da Terra. É muito empolgante", completou, em declaração também reproduzida pela publicação.