Israel anuncia que deixará Unesco; Após saída dos EUA
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu hoje (12) retirar o país da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu hoje (12) retirar o país da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), após o governo dos Estados Unidos anunciar o mesmo por considerá-la anti-israelense.
De acordo com comunicado distribuído pelo escritório do governo israelense, Netanyahu classificou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre este tema como "valente e moral, porque a Unesco se tornou o teatro do absurdo e porque, em vez de preservar a história, a distorce".
O premiê deu instruções ao Ministério de Relações Exteriores de Israel para iniciar os trâmites necessários para retirada do país da Unesco. A retirada dos EUA se tornará efetiva em 31 de dezembro de 2018.
A Unesco foi a primeira agência da ONU a aceitar, em 2011, os palestinos como membros de pleno direito.
Israel tem uma longa história de enfrentamentos com a agência, à qual acusou de parcialidade anti-israelense e, em diversas ocasiões, reduziu as suas cotas financeiras anuais como medidas punitiva.
Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (12), a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, lamentou a retirada dos Estados Unidos da entidade.
Ela reafirmou a missão universal da Unesco e manifestou pesar pela saída do país, lembrando que é também uma perda para o multilateralismo. Os EUA suspenderam as contribuições para a Unesco em 2011.
Estados Unidos:
Os Estados Unidos anunciaram hoje (12), em Washington, sua decisão oficial de se retirar da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o seu desejo de estabelecer uma missão permanente como país "observador" nesse organismo.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, detalhou em um comunicado que a diretora-geral da entidade foi notificada da decisão.
Pelo Twitter, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse lamentar profundamente a saída dos Estados Unidos do organismo. Segundo ela, a retirada é uma perda para a “família das Nações Unidas” e para o multilateralismo.
Dirigente da ONU lamenta saída dos Estados Unidos da Unesco
Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (12), a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, lamentou a retirada dos Estados Unidos da entidade.
Ela reafirmou a missão universal da Unesco e manifestou pesar pela saída do país, lembrando que é também uma perda para o multilateralismo. Os EUA suspenderam as contribuições para a Unesco em 2011.
Leia uma parte da nota:
“Após receber notificação oficial do secretário de Estado dos Estados Unidos, sr. Rex Tillerson, como diretora-geral, gostaria de expressar meu profundo pesar com a decisão dos Estados Unidos da América de se retirar da UNESCO.
A universalidade é crucial para a missão da UNESCO de fortalecer a paz e a segurança internacional, diante do ódio e da violência, para defender os direitos humanos e a dignidade.
Em 2011, quando o pagamento das contribuições do Estado-membro foi suspenso na 36ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, eu disse que estava convencida de que a UNESCO nunca foi tão importante para os Estados Unidos, ou os Estados Unidos para UNESCO.
Isso é ainda mais verdadeiro hoje, quando o aumento da violência extremista e do terrorismo pede novas respostas de longo prazo para a paz e a segurança, para combater o racismo e o antissemitismo, e lutar contra a ignorância e a discrisnação.
Eu acredito que o trabalho da UNESCO para fazer avançar a alfabetização e a educação de qualidade é compartilhado pelo povo norte-americano.
Eu acredito que as ações da UNESCO para utilizar as novas tecnologias em favor da melhoria da aprendizagem são compartilhadas pelo povo norte-americano.
Eu acredito que as ações da UNESCO para aprimorar a cooperação científica, para a sustentabilidade dos oceanos, são compartilhadas pelo povo norte-americano.
Eu acredito que as ações da UNESCO para promover a liberdade de expressão e defender a segurança de jornalistas são compartilhadas pelo povo norte-americano.
Eu acredito que as ações da UNESCO para empoderar meninas e mulheres como realizadoras de mudanças e construtoras da paz são compartilhadas pelo povo norte-americano.
Eu acredito que as ações da UNESCO para reforçar sociedades que enfrentam emergências, desastres e conflitos são compartilhadas pelo povo norte-americano.
Apesar da retenção de fundos, desde 2011, nós aprofundamos a parceria entre os Estados Unidos e a UNESCO, a qual nunca foi tão significativa.
Juntos, nós trabalhamos para proteger o patrimônio cultural da humanidade compartilhado, que enfrentou ataques terroristas, e para prevenir a violência extremista, por meio da educação e da alfabetização midiática.
Fonte: Agência Brasil