Torcedor do Botafogo-PB acusado de injúria racial tem audiência marcada
Processo que tramita na Justiça da Paraíba deve ouvir acusado no 1º de junho, em João Pessoa
As agressões direcionadas a Vini Jr, do Real Madrid, na La Liga, demonstram a forte presença do racismo no futebol. Casos como esse não são raros nos ambientes esportivos em diversas parte do mundo. Há um ano, o Botafogo da Paraíba denunciou um torcedor do clube pela suspeita de injúria racial.
O processo que tramita na Justiça da Paraíba tem audiência de instrução marcada para o dia 1º de junho, na 1ª Vara Criminal da Capital.
A cena gravada por um cinegrafista amador foi reproduzida nacionalmente. Um torcedor do Belo direcionou gestos obscenos em direção ao banco de reservas do time rival. Naquele lugar, o massagista da equipe sentiu-se ofendido e levou o caso adiante. No dia 14 de maio de 2022, Botafogo-PB e Campinense se enfrentaram no estádio Almeidão, em João Pessoa, no Campeonato Paraibano.
Além de denunciar, o Botafogo-PB excluiu o homem do quadro de sócio-torcedor. À época, a instituição mostrou-se intolerante a ações que remetem ao racismo. O clube também definiu-se como plural.
“O Botafogo Futebol Clube nunca compactuou e jamais irá compactuar com gestos ou falas de cunho preconceituoso, sobretudo racistas. O nosso clube é do povo, o nosso clube é plural”, informou um trecho do comunicado.
Injúria Racial é crime
Foi publicada no Diário Oficial da União em janeiro deste ano a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei 14.532, de 2023, que tipifica como crime de racismo a injúria racial, com a pena aumentada de um a três anos para de dois a cinco anos de reclusão. Enquanto o racismo é entendido como um crime contra a coletividade, a injúria é direcionada ao indivíduo.
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