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Petrúcio Ferreira dá seu primeiro ouro ao Brasil no Parapan de Lima

Somente nesse domingo (25, a bandeira brasileira foi vista em 38 cerimônias de pódios nas arenas de competição.

Por Redação T5 Publicado em
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​Petrúcio Ferreira, atleta paraibano nos jogos Parapan-Americanos de Lima ​Petrúcio Ferreira, atleta paraibano nos jogos Parapan-Americanos de Lima Foto: Divulgação/Comitê Paralímpico Brasileiro

Uma das 38 medalhas que o Brasil conquistou neste domingo (25), no segundo dia de competições dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, foi o ouro na prova de atletismo de 400m da classe T47 (amputados de braço), vencida pelo paraibano Petrúcio Ferreira, um dos maiores nomes do movimento paralímpico mundial.

O Brasil está isolado na liderança do quadro geral, com 79 medalhas. Das quais, são 27 de ouro, 23 prata, e as 29 restantes de bronze. Somente neste domingo, a bandeira brasileira foi vista em 38 cerimônias de pódios nas arenas de competição peruanas - duas a menos que no sábado, 24, quando fomos 40 vezes laureados.

A primeira medalha de ouro de Petrúcio vem de uma prova na qual não é especialista. Ele é campeão mundial e paralímpico nos 100m e 200m da classe T37, mas optou se dedicar aos 400m neste ano. Na semifinal, em Lima, o paraibano cumpriu a distância em 49s70, mas claramente se poupando. Na final, três horas mais tarde, ele cruzou a linha de chegada em primeiro com sobras em 49s25 - mais de um segundo à frente do medalhista de prata, o venezuelano Samuel Colmenares (50s32), seu compatriota Renny Segueri herdou o terceiro lugar do brasileiro Thomaz Moraes, que foi desclassificado que terminou em terceiro, porém invadiu a raia vizinha.

“Não foi fácil, para chegar às provas de 400 metros foi uma trajetória dura, mas eu sabia que, pelo tanto que treinei, enfrentaria aqui somente a parte fácil, porque o mais difícil eu deixei lá atrás, nos treinamentos. Corri a semifinal sobrando. Mas na final eu vi meu rival crescendo nos últimos 150 metros, eu olhei para a reta final e pensei: ‘Essa medalha é minha, é nossa, é do Brasil’, e foi o que aconteceu”, comentou, ainda ofegante na zona mista o paraibano que amputou o braço direito ainda criança devido a um acidente com uma máquina de cortar capim. 

Atletismo - O atletismo contribuiu com 15 láureas para o Brasil neste domingo, 25. Alessandro Silva manteve-se dominante no lançamento de disco da classe F11, para cegos, e alcançou 45,34m.

As provas de campo também fizeram brilhar a estrela de Caio Vinícius da Silva, do peso (F12), Mauro de Sousa, no peso (F63) e Sandro Varela, do dardo (F52): todos conquistaram ouro. Nesta última ocorreu um pódio duplo, visto que Wallace Oliveira ficou com a prata.

Outro pódio duplo verde e amarelo registrou-se no salto em distância das classe T11/12 (cegos e baixa visão) feminino. Gabriela Mendonça estabeleceu novo recorde da competição com 5m34 e foi a campeã, seguida de Clelia Rodrigues, 4,15m, com a prata.

Vitor Antonio de Jesus faturou os 400m T37, com o tempo de 52s78. Tascitha Oliveira também subiu ao pódio, com uma prata nos 200m T36, para paralisados cerebrais. Davi Wilker foi bronze nos 400m (T13).

Entre as mulheres, Tuany Barbosa foi bronze no disco (F55), assim como Fernanda Yara (200m, T47), Marivana Oliveira (peso, F35/36/37).

A segunda sessão de atletismo encerrou-se no mais grande estilo, com o ouro incontestável do acreano Edson Pinheiro nos 100m da classe T38 (paralisados cerebrais) e a prata acirrada da maranhense Rayane Silva na mesma distância, entretanto na classe T13 (baixa visão). Ela correu para 12s48 mas foi superada pela americana Kimberly Crosby por cinco centésimos.

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