Das secretarias à pré-candidatura ao governo da PB: João Azevêdo se considera pronto para o desafio
Há mais de 30 anos exercendo cargos públicos, ele detalhou o que pensa para sua gestão caso seja eleito.
João Azevêdo Lins Filho, ou apenas João Azevêdo. Se você é paraibano e nunca ouvir falar neste nome antes, é bom ficar atento, até porque, a partir de 2019, o futuro da Paraíba – ao menos nos próximos quatro anos – pode estar nas mãos dele.
Secretário de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia na Paraíba desde 2011, Azevêdo é o pré-candidato do PSB para o Governo do Estado nas eleições de 2018, apoiado pelo atual governador Ricardo Coutinho.
Ele é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e professor do Instituto Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (IFPB) desde 1982.
Apesar de estar participando pela primeira vez de uma eleição, exerce cargos públicos há mais de 30 anos. Já comandou, por exemplo, as secretarias de Serviços Urbanos e de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), assim como a Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Bayeux.
Ao Portal T5 e à TV Tambaú, João Azevêdo avaliou a sua gestão na secretaria que ocupou até este ano no governo de Ricardo Coutinho, falou sobre temas de interesse público e deu um panorama a respeito do que espera para a disputa política no estado para daqui a seis meses. Confira abaixo a entrevista com o pré-candidato do PSB ao Governo da Paraíba em 2018.
João Azevêdo e Veneziano Vital do Rêgo, que pode ser candidato ao Senado na chapa do PSB. Foto: Reprodução/Paraíba DebateComo o senhor define o seu perfil para esta campanha?
Eu acho que ninguém é secretário de Estado esses anos todos, secretário de prefeitura e exercendo cargos públicos como esses sem fazer política. Não é possível você exercer um cargo e dizer que as pessoas são totalmente técnicas, você acaba exercendo um lado político. Do que eu não participei até hoje foi do processo eleitoral, são coisas diferentes. Fazer política é uma coisa, e participar do processo eleitoral é outra. O ser humano é um ser político, e a gente faz política a toda hora. É claro que, a população sabe muito bem, o que ela precisa é de um gestor, e não de um político do sorriso fácil, tapinha nas costas. O que a Paraíba vive hoje é pela força do trabalho, do que o governo pôde realizar. Eu tenho certeza absoluta de que a leitura da população hoje é completamente diferente. Ela não quer discurso, quer ação, prática e que as coisas aconteçam.
Qual é a linha de campanha que o senhor pretende defender para ter seu nome em destaque e conseguir vencer as eleições?
- Na verdade, eu não tenho muita preocupação com quem vai vir do ouro lado, não me cabe julgar. A nossa preocupação maior é apresentar à Paraíba como é que nós vamos pegar todo o trabalho que foi feito. A disputa e a discussão vai ser exatamente em cima de propostas e proposituras, e evidentemente que a população vai analisar muito a questão do passado de cada candidato, assim com a experiência no serviço público, com o que cada um contribuiu para a Paraíba. Essa vai ser a grande pauta da discussão desse ano. Nós vamos continuar colocando que a Paraíba tem condições de dar um grande salto sobre o salto que já deu nesses sete anos e meio.
Fala-se muito no nome de Efraim Morais, secretário da Casa Civil, para ser o seu vice. Mas quem é o vice-governador ideal de João Azevêdo?
- O vice ideal é aquele que agregue, que possa nos ajudar a administrar o estado e que será definido muito mais próximo das convenções do que agora. Nós estamos abertos a todas as discussões. A chapa hoje tem a cabeça de chapa definida, que é o meu nome, e tem um convite feito ao deputado Veneziano Vital do Rêgo para compor uma das vagas ao Senado, e isso é o que está definido. A partir da decisão de Ricardo Coutinho em permanecer no cargo, nós estamos iniciando essa discussão em busca de compor a chapa, e até os meses de julho e agosto apresenta-la à Paraíba.
*Com a colaboração do apresentador Guto Brandão