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Instruções em cartão-resposta geraram dúvidas no Concurso Nacional Unificado, diz MEC

A declaração foi dada pela consultora jurídica do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Karoline Busatto

Por Carlos Rocha Publicado em
Concurso do MPPB ultrapassa 34 mil inscritos
Instruções em cartão-resposta geraram dúvidas no Concurso Nacional Unificado, diz MEC (Foto: Divulgação)

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) reconheceu, nesta quinta-feira (21), que as instruções na folha de rosto do cartão-resposta das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) podem ter causado dúvidas e levado candidatos a não preencherem corretamente o tipo de gabarito da prova e/ou a não transcreverem a frase de identificação. O certame foi aplicado no dia 18 de agosto.

A declaração foi dada pela consultora jurídica do MGI, Karoline Busatto, que atribuiu o problema à escrita da folha de rosto do caderno de provas. Apesar de os oito editais originais destacarem a necessidade de dupla identificação no cartão-resposta, as orientações não foram suficientemente claras.

A questão da falta de marcação da chamada "bolinha" no cartão-resposta, que indica ao sistema de correção qual o tipo de gabarito, levou o Ministério Público Federal (MPF) a ajuizar uma ação civil pública. No início de novembro, a Justiça Federal do Tocantins determinou o cancelamento da eliminação de candidatos que não realizaram a marcação correta.

Sem identificação completa

O MGI afirmou que, nos casos de candidatos que não marcaram o tipo de gabarito nem transcreveram a frase de identificação — usada como exame grafológico —, não será possível identificá-los. Esse procedimento é obrigatório para os aprovados convocados a assumirem cargos no governo federal.

Por outro lado, para os participantes que realizaram ao menos uma das identificações, o MGI firmou um acordo com a Polícia Federal para identificá-los pela prova escrita, seja por meio da redação ou questões dissertativas. O coordenador de Logística do CNU, Alexandre Retamal, garantiu a segurança do certame, explicando: “Vamos fazer o exame grafológico de todas as pessoas aprovadas, da mesma forma que conferimos a digital. Quem não preencheu a frase será identificado pela redação.”

Novo cronograma

A falha de identificação também resultou no adiamento da divulgação dos resultados finais, inicialmente prevista para esta quinta-feira.

Um acordo judicial, firmado entre a União, o MPF e a Fundação Cesgranrio, trouxe mudanças importantes. Além do aumento no número de provas discursivas corrigidas de candidatos negros que alcançaram a nota de corte, a prova de títulos foi incluída como etapa classificatória para os candidatos ao cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais nos blocos temáticos 4 e 5.

Com essas alterações, 32.260 candidatos do CPNU foram novamente habilitados para correção da prova discursiva e participação na prova de títulos. O MGI anunciou um novo cronograma para as próximas fases do concurso, que será divulgado em breve.



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