Paraíba tem primeira instituição pública a ofertar disciplina de enfermagem forense; veja
Conteúdo ajuda a desvendar crimes e outros assuntos de natureza legal
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) é a primeira Instituição de Ensino Superior (IES) pública no país a ofertar a disciplina de enfermagem forense. As atividades da matéria estão ocorrendo durante o Período Suplementar 2020.1 da federal paraibana, que teve início em 8 de setembro e seguirá até 16 de dezembro.
A disciplina trata de uma especialidade reconhecida desde 2011, no Brasil, e é definida pela aplicação dos conhecimentos técnicos e científicos da enfermagem em situações consideradas forenses, que têm a finalidade de não só desvendar crimes; tratam de variados assuntos de natureza legal.
A cadeira é ministrada pela professora Rafaella Souto, vinculada ao Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da UFPB. “Esse conteúdo é uma lacuna na formação do aluno do curso de graduação em Enfermagem”, afirma a docente da federal paraibana.
Estão matriculados na disciplina, atualmente, 52 estudantes do curso de Enfermagem da UFPB, de períodos diversos. A partir de agora, a cadeira será ofertada uma vez por semestre. “Quando for oferecida novamente, os alunos poderão solicitar inscrição via coordenação do curso”, orienta a professora da UFPB.
Segundo Rafaella Souto, alunos que participam da disciplina podem se tornar enfermeiros melhor preparados para atuar diante de casos forenses, como violência sexual, maus tratos, saúde mental, saúde prisional, coleta de vestígios e desastres de massas.
“Diante de um problema de crescente prevalência e incidência, como a violência, profissionais com este perfil podem contribuir para a qualidade de vida das vítimas, agressores e familiares, apoiando e contribuindo com a redução deste fenômeno na sociedade”, certifica a docente da UFPB.
Ela argumenta que a Paraíba tem elevados índices de violência e baixo quantitativo de profissionais preparados para atuar nesta área. “O estado poderá ser beneficiado em relação à prevenção de casos, identificação precoce e atendimento integral às vítimas”, finaliza Rafaella Souto.