Desemprego alcança 14,3% e atinge 13,7 milhões de pessoas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (18) os números do desemprego no país. A taxa atingiu a maior marca da série histórica, alcançando na quarta semana de agosto, 14,3%, aumento de 1,1%.Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid, Pnad Covid, que foram divulgados nesta manhã pelo instituto de pesquisa.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, o aumento da desocupação, que era 10,5% no começo de maio, se deve a queda do número de pessoas ocupadas, bem como o aumento da população que passaram a buscar trabalho.

"No início de maio, todo o mundo estava afastado, em distanciamento social, e não tinha uma forte procura [por emprego]. O mercado de trabalho estava em ritmo de espera para ver como as coisas iam se desenrolar. As empresas estavam fechadas e não tinha local onde essas pessoas pudessem trabalhar. Então, à medida que o distanciamento social vai sendo afrouxado, elas vão retornando ao mercado de trabalho em busca de atividades", explica a pesquisadora.

Além disso, Maria Lucia ressalta que há relação entre aumento da busca de trabalho e a flexibilização do isolamento. "A gente está vendo uma maior flexibilidade das pessoas, uma maior locomoção em relação ao mercado de trabalho, pressionando o mercado de trabalho, buscando emprego. E esses indicadores ficam refletidos no modo como eles estão se comportando em relação ao distanciamento social", comenta.

Cai número de trabalhadores afastados e remotos

O número de pessoas ocupadas que estavam afastadas, provocado pelas medidas de isolamento social reduziu 363 mil, chegando ao número de 3,6 milhões de pessoas, dentro do universo estimado em 82,2 milhões de trabalhadores. Do contigente de 76,1 milhões de pessoas que estavam ocupadas e não foram afastadas do trabalho, 8,3 milhões trabalhavam remotamente.

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SBT