Ricos gastam mais com refeição fora de casa do que no domicílio, segundo IBGE
A comparação considera as classes extremas de rendimento mensal familiar.
EDUARDO CUCOLO E NICOLA PAMPLONA
SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - As famílias que estão no extrato de maior renda na POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) 2017-2018, divulgada nesta sexta-feira (4) pelo IBGE, gastam mais com alimentação fora de casa do que com refeições em seus domicílios.
A comparação considera as classes extremas de rendimento mensal familiar. Aquele com os rendimentos mais baixos (até R$ 1 908,00) apresentaram proporção de 20,6% de despesa com alimentação fora do domicílio e 79,4% em casa.
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Para as famílias com rendimentos mais altos (acima de R$ 23 850,00), por sua vez, os gastos com alimentação são divididos em 50,3% fora e 49,7% dentro do domicílio.
Segundo a pesquisa, a despesa média com alimentação entre as famílias brasileiras é de R$ 658,23. (14,2% do orçamento familiar).
Para as famílias mais ricas, o valor (R$ 2.061,34) é mais que o triplo da média mensal do país e mais de seis vezes o valor da classe com rendimentos mais baixos (R$ 328,74).
Considerando a alimentação fora do domicílio, os mais ricos gastam em média R$ 1.035,86 no mês, e os mais pobres, R$ 67,69.
Ainda em relação ao tipo de alimento, a POF mostra que, na alimentação em casa, caiu a fatia do orçamento dedicada a cereais leguminosas e oleaginosas (como arroz e feijão). Também recuou o consumo de farinhas, féculas e massas e de carnes e pescados. Houve ainda redução no consumo de açúcares e óleos e gorduras.
Por outro lado, cresceu o de bebidas e infusões e alimentos preparados, em um sinal de que o brasileiro pode estar comendo pior. Mas também cresceu o consumo de frutas, legumes, verduras, aves e ovos.