Índice de Indicador de Incerteza da Economia sobe; entenda
A FGV ressalta que o avanço do IIE-Br em março foi determinado pelos componentes mídia e expectativa.
A indefinição sobre a questão fiscal e o cenário político fizeram o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) disparar de fevereiro para março, subindo mais de 5 pontos.
Dados divulgados na quarta-feira (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) indicam que, em março, o índice avançou 5,2 pontos em relação a fevereiro, passando de 102,5 para 107,7 pontos.
Na avaliação do economista da FGV, Pedro Costa Ferreira, em comentário numa publicação da fundação, a alta do indicador mostra que a convergência do IIE-Br para a média histórica, ao cair para 102,5 pontos em janeiro, “era um evento atípico e passageiro, fruto de acontecimentos como o carnaval, a percepção de melhora do ambiente econômico doméstico, a relativa calma no front político e da intervenção federal [no sistema de segurança] no Estado do Rio de Janeiro”.
Cenário ainda é incerto
Para ele, sem um encaminhamento da questão fiscal e com o cenário incerto para as eleições presidenciais deste ano, a tendência é que o Indicador de Incerteza siga oscilando próximo ao patamar de 110 pontos.”
Em janeiro, por exemplo, ele fechou em 109,6 pontos, depois de ter encerrado novembro e dezembro do ano passado pouco acima dos 107 pontos.
A FGV ressalta que o avanço do IIE-Br em março foi determinado pelos componentes mídia e expectativa. Enquanto o indicador expectativa subiu de fevereiro para março 1,9 ponto, exercendo uma contribuição de 0,4 ponto para o índice agregado, o componente de mídia cresceu 6,1 pontos, contribuindo com 5,4 pontos para o avanço do índice geral no mês.