Prévia da inflação oficial recua para 0,10% em março, puxada por alimentos
O maior impacto para frear a inflação, entre as nove classes de despesa, no entanto, veio dos alimentos, que tiveram uma deflação de 0,07%.
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), ficou em 0,10% em março deste ano, abaixo do 0,38% da prévia de fevereiro. Essa é a menor taxa para meses de março do IPCA-15 desde o ano 2000 (0,09%).
O dado foi divulgado hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 acumula taxas de 0,87% no ano e de 2,8% em 12 meses.
Telefone fixo e alimentos influenciam
A redução de preços de 0,94% nas tarifas de ligações locais e de telefone fixo para celular foi a principal responsável por segurar a inflação oficial no país, de acordo com a prévia. O grupo de comunicação como um todo teve uma deflação (queda de preços) de 0,19% na prévia de março, a maior entre as nove classes de despesa que compõem o IPCA-15.
O maior impacto para frear a inflação, entre as nove classes de despesa, no entanto, veio dos alimentos, que tiveram uma deflação de 0,07%. Vários alimentos tiveram queda de preços na prévia do mês, incluindo o tomate (-5%) e as carnes (-0,66%).
Por outro lado, a alta de preços de 1,06% dos planos de saúde foi o item individual que mais pesou na inflação de 0,10%. Com isso, o grupo de despesa saúde e cuidados pessoais teve a maior inflação entre as seis classes que tiveram alta de preços no mês: 0,54%. Com informações de Agência Brasil
As demais classes de despesas tiveram as seguintes taxas de inflação: educação (0,25%), habitação (0,13%), despesas pessoais (0,12%), artigos de residência (0,09%) e transportes (0,07%, influenciado pela alta de preços de 1,30% dos ônibus urbanos). Vestuário foi a única classe de despesas que não teve variação de preços.